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Festejar um aniversário é sempre um momento marcante na vida de uma pessoa, mas também de uma empresa, e de uma instituição como é o Diário dos Açores. Sabendo-se os desafios e dificuldades com que lutam no dia a dia os jornais, para se manterem vivos, chegar aos 153 anos é motivo de celebração e de regozijo, sobretudo se tivermos em consideração que esta epopeia foi e é construída na ilha de São Miguel, uma ilha de uma Região que ainda hoje é Ultraperiférica. Imagine-se o que seria em 1870, ano em que foi fundado o Diário dos Açores, mesmo que naquela altura já tivéssemos no nosso seio homens e mulheres de exceção, empreendedores e de grande visão, como foi o caso do jovem de apenas 21 anos, Manuel Augusto Tavares Resende, o primeiro obreiro deste Diário.
O Diário dos Açores (1870) foi fundado num enquadramento mundial, europeu e nacional de grandes avanços civilizacionais como foram a abolição da pena de morte e a negação da escravatura.
A Guerra Franco-Prussiana (1870/1871) envolvendo duas das principais potências europeias, pela sua dimensão e significado geoestratégico, constituía uma fonte de preocupação e de informação que o Diário dos Açores soube então dar a devida importância, procurando manter os seus leitores informados sobre o desenrolar deste conflito, que como sabemos teve o seu prolongamento nas duas Guerras Mundiais do Séc. XX.
Mas também a criação do Diário de Notícias em 1864 teria um impacto grande no plano da informação em todo o País e no despertar de outras iniciativas regionais de criação de jornais, como é referenciado na história do Diário dos Açores e de outras publicações que surgiram em Portugal.
A vida do Diário dos Açores nestes 153 anos confunde-se com a história da ilha de São Miguel e dos Açores, podendo ser resumida numa palavra, que foi, e é a Resiliência. Mas é também consensual que ao longo da sua vida soube manter uma linha editorial pluralista e independente, o que é bem evidenciado nos dias de hoje com os editoriais do Osvaldo Cabral, mas também com a publicação de artigos de colaboradores que se situam nos vários quadrantes políticos dos Açores.
Nos dias de hoje manter um jornal, como o Diário dos Açores, vivo significa ter a capacidade de luta permanente contra um mercado de reduzida dimensão, a concorrência de outros Órgãos de Comunicação Social, o poder impressionante das redes sociais, os crescentes custos de produção e num contexto de ausência de economias de escala, e as pressões políticas sejam elas, diretas ou indiretas, mas sempre com consequências na sustentabilidade dos jornais.
Os Açores nestes últimos 3 séculos tem exemplos de jornais, jornalistas e colaboradores que nos devem orgulhar e não existe Democracia sem uma informação pluralista, de qualidade, de denúncia das injustiças e dos desvios, de defesa do Desenvolvimento dos Açores, razão por que os apoios transparentes e responsáveis do Governo dos Açores aos OCS não são um custo, mas sim um investimento na sustentabilidade da própria Democracia.
Para terminar endereço os meus Parabéns ao Américo, ao Paulo e ao Osvaldo e por intermédio deles a todos os colaboradores e trabalhadores que hoje tal como no passado fazem o Diário dos Açores.
Gualter Furtado *