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Conselhos de médico

1 –Na saúde um rastreio é um processo de diagnóstico precoce em pessoas que não apresentam sintomas. Visa reduzir as complicações da doença, a mortalidade e o número de “novos casos”.
2 –Existem rastreios para todos os gostos. Só para citar alguns posso referir os seguintes:
Teste do “pezinho” nos recém-nascidos. O objetivo é diagnosticar doenças genéticas que sendo corretamente tratadas podem evitar graves consequências para a saúde.
Rastreios oncológicos. Visam efetuar um diagnóstico precoce de uma série de cancros. Nestes casos a sua deteção numa fase inicial permite o seu tratamento com uma taxa de sucesso muito mais elevada. Na maioria dos casos existe mesmo cura / remissão completa da doença. Os mais conhecidos são os rastreios do cancro da mama, da próstata, do colo do útero, do colon e do reto, da pele, do pulmão, da boca, etc.
Audiovisuais. Visam detetar doenças dos órgãos dos sentidos da audição e da visão. No caso do déficit de audição em crianças isso pode ter uma influência decisiva na aprendizagem escolar.
Cardiovasculares. Como se sabe a hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para este tipo de doenças. Medir a tensão arterial é um ato muito simples, que pode salvar muitas vidas.
Da diabetes. Uma “simples” picada num dedo, para avaliar o nível do açúcar no sangue (glicémia), pode permitir a “descoberta”  da diabetes.
Escolioses. A escoliose idiopática do adolescente pode ser facilmente diagnosticada numa “simples” observação do tronco do adolescente. Não é um tipo de rastreio frequente, mas já participei em alguns e faço-o sistematicamente nos jovens e adolescentes que vão à consulta, mesmo por outros motivos, por exemplo no exame médico desportivo.
3 – Os exames que se fazem nestes rastreios habitualmente são simples e não (ou pouco) invasivos.
4 –O Programa Nacional de Rastreios Oncológicos inclui apenas o cancro da mama, colorretal e do colo do útero. Aqui nos Açores existe um programa de rastreio de cancro da cavidade oral (já fiz o meu).
5 – Os critérios para integrar um rastreio dependem da idade, do sexo e do tipo de rastreio que é feito. Por exemplo as normas para o rastreio do cancro da mama através de mamografia incluem as mulheres dos 50 aos 69 anos de idade, que é a faixa etária em que este tipo de cancro é mais frequente. No caso do cancro do colo do útero as mulheres a rastrear são dos 20 aos 60 anos.
6–Um “bom” rastreio deverá ter uma boa relação custo benefício. Não se podem gastar milhões de euros em recursos humanos e em exames complementares e ter uma taxa de sucesso (diga-se deteção) muito baixa. Esses recursos fazem falta para aplicar em outras áreas da saúde. Deve ser de fácil execução, barato, com evidência científica e acessível a todos de igual modo.


Nota 1 –O senhor Secretário Regional da Saúde e Desporto anunciou recentemente que nos Açores se vai iniciar em breve o rastreio do cancro do pulmão. Uma medida muito acertada, sabendo nós da alta incidência na nossa região deste tipo de cancro. O que me espantou foi que se anunciou que: “…primeiro vamos fazer um estudo sobre os fatores de risco…” !!! Ora “aqui é que a porca torce o rabo” …!!! O fator de risco principal (cerca de 80%) é o consumo do tabaco. Se já sabemos a causa para quê um estudo? Será para fazer, como em outras situações, em que quando os governos não querem tomar decisões … mandam fazer um estudo? O fator de risco principal está mais que identificado!
Nota 2 – “A Sociedade Europeia de Doenças Respiratórias (ERS) defende a deteção e o rastreio precoces do cancro do pulmão. O cancro do pulmão continua a ser o cancro com mais mortalidade. A implementação de programas de rastreio por tomografia computorizada de dose baixa em indivíduos de alto risco (fumadores ou antigos fumadores entre os 50 e os 74 anos) poderia salvar milhões de vidas...”.  Arzu Yorgancioğlu, Presidente do Conselho de Apoio da ERS.
Nota 3 – Numa TAC pulmonar de baixa dose o organismo absorve 15 vezes menos radiação do que fazer um “simples” RX do tórax, sendo que a TAC é 4 vezes mais eficaz (maior sensibilidade) do que o RX na deteção do cancro do pulmão.
Nota 4 – A par dos rastreios devem ser tomadas medidas de prevenção para evitar os fatores de risco das doenças em causa. No caso do cancro do pulmão as medidas de combate ao consumo do tabaco devem ser intensificadas a todo o custo.
Nota 5 – Faça os rastreios recomendados. Não arrisque. Haja saúde. Haja saúde.

António Raposo*

* Médico fisiatra e especialista em Medicina Desportiva

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