A Ordem dos Arquitectos (OA) anunciou que o seu 16.º Congresso terá lugar em Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel, nos próximos dias 2, 3 e 4 de março de 2023.
A edição deste ano da reunião magna dos arquitectos portugueses terá como mote “Qualidade e Sustentabilidade: construir o [nosso] futuro”.
Na visão do Conselho Diretivo Nacional da OA, liderado pelo Arquiteto Gonçalo Byrne, “é fundamental e necessário compreender tudo o que determina a prática dos arquitectos no contexto atual, promovendo uma maior sensibilização para a importânciado seu papel como moderadores e interventores no território. Adicionalmente, perante os desafios e as oportunidades que enfrentamos como país – no rescaldo de uma pandemia, com uma guerra na Europa, uma inflação galopante e um prazo imensamente curto para executar os fundos do PRR – torna-se imprescindível debater temas relacionados com a sustentabilidade, resiliência e eficiência no setor”.
O 16.º Congresso dos Arquitectos pretende, assim, investigar e refletir sobre novas formas de intervenção como meio de promover a consciência coletiva sobre o impacto social e ambiental da arquitetura, tendo em conta que arquitectos e projetistas assumem o papel de mediador e gestor de recursos, promovendo a integração de conhecimentos e capacidades interdisciplinares e transdisciplinares.
Com um programa que inclui vários painéis de debate –dedicados a “Repensar os recursos e adaptar a casa comum”; “Planear para a resiliência, inclusividade e saúde da casa comum”; ou “Colaborar pelo compromisso com a qualidade da casa comum” –, o 16º Congresso dos Arquitectos contará também com a participação e contributos de vários convidados especiais nacionais e internacionais, nomeadamente Iñaqui Carnicero Alonso-Colmenares, Director general de Agenda Urbana y Arquitectura do Governo de Espanha.
Destaque também para o Programa Paralelo, onde haverá o “WarmUp” a 9, 16 e 23 de fevereiro, através do qual o 16.º Congresso dos Arquitetos convoca as Escolas de Arquitetura para o debate e a construção de uma agenda da prática da arquitetura de jovens arquitetos com atenção à necessária sustentabilidade ambiental, social, económica e cultural.
De 1 a 5 de março tem lugar o “Debater a Mudança”, uma exposição dos trabalhos vencedores dos quatro Concursos de Arquitetura organizados pela Secção Regional dos Açores da Ordem dos Arquitectos, pela promoção das boas práticas de encomenda e defesa do interesse público por uma arquitetura de qualidade.
Nos dias 1, 2 e 3 de março terá lugar o “Mudar Film Festival”, um ciclo de filmes de uma nova geração de autores e coletivos, em Portugal continental e nos arquipélagos do Atlântico, que desenvolve um trabalho de investigação e exploração do impacto, e tomada de consciência coletiva, das manifestações no território de fenómenos que recentemente articulamos como transição ecológica, digital e carbónica.
Este projeto constitui-se em parceria com Jonathan Levine (Grémio dos Arquitectos) e Tiago Bartolomeu Costa (projecto FILMar), operacionalizado pela Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema e com o apoio do Mecanismo Financeiro Europeu EEAGrants 2020-2024.
De 1 a 4 de março haverá espaço também para a “Escola da Mudança”, um programa que consiste na exibição de artes performativas sob os conceitos que se refletem no quotidiano de estudantes do ensino secundário sobre o tema da sustentabilidade, tendo por base a especificidade do seu território – os Açores.
A fechar o programa paralelo haverá o “Climas Paralelos”, dias 2 e 3 de março, onde terão lugar duas conversas locais, com diferentes agentes da região, para debate das especificidades locais no âmbito da sustentabilidade social, ambiental e económica, e o “Roteiro pela Mudança”, de 1 a 3 de março, que consiste em três itinerários organizados em articulação com a Anda&Fala, associação cultural que promove novas centralidades para a criação contemporânea no campo expandido das artes visuais.
O presidente da OA destaca ainda o local escolhido para este Congresso, realçando que o arquipélago dos Açores, “enquanto caminho transatlântico de intercâmbio de pessoas, encontros e culturas, é a escolha perfeita para refletir sobre questões incontornáveis que a todos afetarão no futuro próximo, acrescentando-se ainda o facto de se tratar de um autêntico ‘santuário natural’, onde postulados como o respeito pela Natureza e o Meio Ambiente ganham especial força e relevância”.
A Comissão de Honra do Congresso integra várias personalidades, com destaque para António Costa - Primeiro-Ministro; Ana Abrunhosa - Ministra da Coesão Territorial; Iñaqui Carnicero - Director general de Agenda Urbana y Arquitectura; Ruth Schagemann – Presidente do Conselho de Arquitectos da Europa e José Luís Cortés - Presidente da União Internacional dos Arquitectos (UIA).