As autoridades norte-americanas anunciaram ter encerrado o Silicon Valley Bank, um banco próximo das tecnológicas e repentinamente em dificuldades, tendo confiado o controlo dos depósitos à Agência Federal dos Estados Unidos da América (FDIC, na sigla inglesa), responsável pela sua garantia.
Os que tenham mais dinheiro nas suas contas bancárias, ou seja, a maioria dos clientes do banco, devem contactar a agência.
Foi o Gabinete de Protecção Financeira e Inovação da Califórnia (DFPI) que tomou posse oficialmente do estabelecimento bancário, alegando “a sua falta de liquidez e insolvência”.
Foi confiada a gestão à FDIC que criou para esse efeito uma entidade específica, que vai ocupar-se da gestão de activos do banco e dos empréstimos, entre outros assuntos.
No final de 2022, o banco contava 209 mil milhões de dólares de activos e cerca de 175,4 mil milhões em depósitos, precisaram as autoridades.
O Silicon Valley Bank, pouco conhecido do grande público, era o 16.º banco norte-americano em dimensão de activos.
Com sede em Santa Clara, na Califórnia, o Silicon Valley Bank era especializado no sector tecnológico e fazia negócios principalmente com empresas emergentes.
Com as dificuldades que o sector atravessa, entre as quais a subida das taxas de juro e a volatilidade nas tecnológicas, os clientes retiraram bastante dinheiro das suas contas nos últimos meses.
Para ter liquidez suficiente, o Silicon Valley Bank anunciou na quarta-feira à noite que procurava fazer rapidamente um aumento de capital. Na agitação que se seguiu, o banco perdeu 60% na bolsa de Nova Iorque na quinta-feira e as acções foram suspensas antes do início da sessão.