Nova Presidente da SATA revela “crescimento significativo” nas contas
Diário dos Açores

Nova Presidente da SATA revela “crescimento significativo” nas contas

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A nova Presidente do Conselho de Administração da SATA, Teresa Mafalda Gonçalves, garantiu, numa audição parlamentar, que a empresa está em “recuperação” e que vai apresentar um “crescimento significativo” nas contas de 2022.
“Não é uma recuperação que se veja do dia para a noite”, explicou a administradora da companhia aérea açoriana, durante uma audição na comissão de Economia da Assembleia Regional, realizada em Ponta Delgada, salientando que, mesmo assim, os resultados financeiros da empresa, indicam um “crescimento muito significativo em termos de receitas”.
Teresa Gonçalves, que substitui no cargo Luís Rodrigues, que transitou para a Administração da TAP, a convite do Governo da República, lembrou que os resultados financeiros do Grupo SATA, relativos ao ano passado, não estão ainda encerrados e, por isso, não quis ainda revelar números aos deputados.
“Eu ainda não posso revelar os dados de 2022, porque não estão ainda fechados, mas esperamos um crescimento muito significativo em termos de receitas, esperamos um crescimento muito significativo em termos de EBITDA [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] e em termos de resultados líquidos, estamos ainda a fazer os ajustes finais”, referiu a administradora.
Apesar das contas da SATA de 2022 não estarem ainda encerradas, Teresa Gonçalves garantiu que o resultado líquido da companhia “há de ser melhor do que aquele” que a empresa registou nos anos anteriores.
A nova Presidente da SATA, que já desempenhava anteriormente funções de gestão na transportadora aérea regional, disse também ter expectativas positivas, relativamente ao crescimento do Grupo SATA em 2023.
“Também se espera que tenha um crescimento de receitas em 2023. Efectivamente, os crescimentos nas receitas estão bastantes satisfatórios”, insistiu, relevando que as reservas de bilhetes na companhia têm vindo a registar aumentos na ordem dos 40%.
Teresa Gonçalves disse ainda que o processo de privatização da Azores Air Lines (que prevê a alienação de 51% a 85% do capital social da empresa) “está no bom caminho” e que “tem tudo para correr bem”.
“Há interessados na privatização da Azores Airlines”, lembrou a administradora, recordando que, logo depois de ser lançado o concurso público, os potenciais compradores “terão 90 dias para apresentarem propostas”, num processo que, apesar de tudo, será “demorado” e que só deverá estar concluído no final do ano.
Teresa Gonçalves garantiu também estar “por dentro de tudo” dentro da empresa e de estar motivada para as novas funções para as quais foi agora nomeada, mas lembrou que o sucesso do Grupo SATA depende muito mais dos trabalhadores da companhia do que dos seus administradores.

Carlos Furtado diz que nova Administração da SATA não revela confiança

Carlos Furtado, deputado independente, entende que as saídas inesperadas de Luís Rodrigues e Mário Chaves, da Holding da Sata, “é algo que deve merecer outra atenção”.
“Não considerar como muito preocupante a saída de Luís Rodrigues directamente para a TAP, e de Mário Chaves para a Portugália, que também pertence ao Grupo TAP, é uma infantilidade incompatível com o profissional e exigente mundo da aviação comercial”, afirma.
O deputado independente considera que “a nomeação de Teresa Gonçalves para nova CEO da SATA, que até agora era membro do Conselho Executivo da transportadora aérea regional, constitui uma situação incómoda para a companhia e para todos os açorianos. Sem por em causa as capacidades de Teresa Gonçalves, não deveremos esquecer que a mesma, até agora, fazia equipa com Luís Rodrigues e Mário Chaves, que passarão a presidir companhias aéreas de âmbito nacional, que de alguma forma podem condicionar o futuro da SATA”.
“Em nome da transparência e defesa dos interesses da companhia e dos Açores, não é adequado esta nomeação, uma vez que o processo de privatização já está em curso, sendo que o caderno de encargos foi basicamente desenhado por estes três gestores”, acrescenta.
“Podemos estar a caminhar para um grave retrocesso da mobilidade dos açorianos, com a aparente satisfação de alguns políticos da Região. Os erros gravíssimos que se cometeram, principalmente na última década, somados a estes que se vislumbram, são actos danosos e irreversíveis para com as nossas ilhas”, acusa Carlos Furtado.

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