Açores já são a segunda região do país mais despovoada
Diário dos Açores

Açores já são a segunda região do país mais despovoada

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A Região Autónoma dos Açores é a segunda mais despovoada do país, a seguir ao Alentejo.
Segundo revelou ontem o INE, a proporção de quadrículas 1x1 km com 200 ou mais habitantes e sem população, é de 61,1 nos Açores, sem população, e de 11,2 com 200 ou mais habitantes.
Segundo o estudo do INE, com base nos Censos de 2021, na Região Autónoma dos Açores, as maiores densidades populacionais mantêm-se nas ilhas de São Miguel e da Terceira.
A leitura da evolução da população residente, entre 2011 e 2021, reforça a continuidade do processo de litoralização da população, verificando-se um aumento populacional em especial nos territórios mais periféricos das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e no Algarve, por oposição a situações de decréscimo da população residente verificadas no resto do território nacional.

Decréscimo populacional na última década

No que se refere à população residente, verifica-se que os Açores obteve um decréscimo na década 2011-2021 não tão alta como nalgumas regiões do país e um crescimento acima da média de Portugal.
O município com maior taxa de variação de população na referida década foi o da Madalena do Pico, enquanto os restantes diminuíram.
A tendência nacional é de que, entre 2011 e 2021, há um reforço populacional nas áreas predominantemente urbanas: +0,23%, a par de uma diminuição registada nas áreas mediamente urbanas (-5,09%) e nas áreas predominantemente rurais (-11,26%).
Verificaram-se igualmente intensidades diferentes na variação da população residente entre as áreas costeiras (+0,41%) e os restantes territórios (-4,43%).
Quanto ao parque habitacional, o Alentejo, o Algarve e as regiões autónomas da Madeira e dos Açores representavam, em conjunto, 18,6% dos alojamentos familiares clássicos e 21,7% dos edifícios clássicos do país.

S. Miguel e Terceira com mais habitantes por alojamento familiar

Em 2021, o número médio de habitantes por alojamento familiar clássico era de 1,73 em Portugal, valor ligeiramente inferior ao verificado em 2011 (1,80) – e o mais baixo entre os países da União Europeia em 2011.
Nas regiões autónomas destacavam-se, com valores mais elevados neste indicador, os municípios das ilhas de São Miguel e da Terceira na Região Autónoma dos Açores e, os municípios de Câmara de Lobos, Santa Cruz e do Funchal na Região Autónoma da Madeira.
Do conjunto de 39 municípios que apresentavam um valor superior a 2 habitantes por alojamento familiar clássico, apenas 7 registavam proporções de alojamentos vagos acima do valor nacional: Estarreja e Oliveira do Bairro (Região de Aveiro), Castelo de Paiva (Tâmega e Sousa), Arruda dos Vinhos (Oeste), Funchal e Ribeira Grande, respetivamente nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Alojamentos sobrelotados também nos Açores

Em 2021, a proporção de alojamentos familiares clássicos de residência habitual sobrelotados era 12,7% em Portugal e 88 municípios apresentaram um valor superior a este referencial.
Deste conjunto, 48 municípios registaram também rácios de habitantes por alojamento familiar superiores à referência nacional, localizados maioritariamente nas áreas metropolitanas de Lisboa (14 de um total de 18 municípios) e Porto (11 em 17) e nas regiões autónomas dos Açores (8 em 19) e da Madeira (5 em 11), conclui o INE.

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