Advogadas obrigadas a despir o soutien na cadeia de Angra
Diário dos Açores

Advogadas obrigadas a despir o soutien na cadeia de Angra

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Várias advogadas que se deslocaram à cadeia de Angra do Heroísmo, para visitar clientes foram obrigadas a despir o soutien sempre que o detector de metais, instalado à entrada, emitia um sinal sonoro.
A denúncia é da nova Bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda Almeida Pinheiro, que protestou junto da Direção-geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), obrigando esta entidade a alterar os procedimentos, uma vez que, segundo a Bastonária, tratava-se de um procedimento violador da dignidade profissional.
De acordo com um comunicado divulgado aos advogados, Fernanda Almeida Pinheiro relatou ter tido conhecimento de que “estariam a ser realizadas revistas abusivas nas entradas/visitas das Senhoras Advogadas no Estabelecimento Prisional (EP) de Angra do Heroísmo”.
 “Em concreto”, continuou a Bastonária, “aquando a entrada no EP e perante o aviso sonoro do pórtico de metais, era exigido às senhoras advogadas que retirassem o soutien, de modo a averiguar o motivo do sinal”.
Após ter enviado um protesto para a DGRSP, Fernanda Almeida Pinheiro referiu que, na resposta, a Direcção-geral “emitiu despacho onde concluiu que os/as advogados/as que se desloquem ao EP em exercício profissional, atento às especiais prerrogativas das suas funções, não devem ser sujeitos às regras de revista pessoal e dos bens particulares reservadas pela lei às visitas presenciais dos reclusos”.

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