O Presidente do Governo Regional dos Açores negou ao jornal Nascer do SOL que haja uma crise interna no seu Executivo, na sequência de a Iniciativa Liberal e o deputado independente Carlos Furtado (ex-Chega) terem rompido com o acordo de incidência parlamentar com o PSD, ameaçando a estabilidade política na Região.
José Manuel Bolieiro garante que «não há qualquer crise no Governo Regional dos Açores».
«Há um projecto de governação que tem mudado o paradigma da Região. Há uma liderança, uma coligação, unidade e convicção de um caminho. Clélio Meneses tomou a sua decisão, respeitei-a, e para Secretária Regional da Saúde convidei Mónica Seidi, médica de profissão, reconhecida pelos seus pares e que era já minha Vice-presidente no PSD/Açores. Creio que estará dada a resposta sobre a força e presença do PSD no Governo», acrescenta em declarações ao Nascer do SOL.
Convicto de que o seu Governo chegará até à discussão do próximo Orçamento da Região, que deverá acontecer em Novembro, está empenhado em «trabalhar verdadeiramente para a estabilidade da legislatura».
«Sou e serei sempre um referencial de estabilidade nos Açores e para os açorianos. Jamais juntarei crises artificiais aos vários desafios reais e bem presentes que temos pela frente», assegurou o Presidente do Executivo açoriano.
Questionado sobre o acordo de governação entre o PSD, CDS-PP e PPM, que prevê uma aliança eleitoral nas próximas regionais, diz estar «plenamente confiante» que vai ser cumprido.
«O que pretendemos é que a coligação reforce e consolide todo o projecto de governação. Os benefícios que prosseguimos são para os Açores e a resposta eleitoral é sempre dada nas urnas, no próximo ato eleitoral para a Região, designadamente. Os últimos tempos políticos reforçaram o que tem sido a prática de negociações parlamentares para a aprovação de diplomas, com geometria variável de votação, nomeadamente no Plano e Orçamento. Recordo que falta apenas a aprovação do Plano e Orçamento para 2024 nesta legislatura», sublinhou José Manuel Bolieiro.