Diário dos Açores

Pai(s) imperfeitamente perfeito(s)

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Hoje, todos os Pais estão especialmente de parabéns! No dia em que se assinala a importância do seu papel, importa reforçar os desafios da parentalidade e congratular os pais pelo seu contributo na construção de uma sociedade mais coesa, justa e solidária. Eles não precisam ser perfeitos e nem sempre conseguirão estar à altura dos desafios que lhes são colocados. Têm, sim, de tentar fazer o seu melhor, com os recursos que dispõem e com o suporte da comunidade e do contexto onde se inserem. Com efeito, ser pai e mãe (ou outro cuidador que exerça esse papel) é, como referem os próprios, a “melhor e mais difícil tarefa do mundo”, tarefa que assumimos para sempre, independentemente das idades dos nossos filhos.
Se, por um lado, os Pais devem garantir o desenvolvimento, a saúde e a segurança dos seus descendentes, amá-los, aceitá-los, encorajá-los e orientá-los, por outro, estas responsabilidades são cada vez mais exigentes quando consideramos a pressão e as expetativas associadas a esses cuidadores. A educação desenvolve-se num contexto em que o ritmo de vida é cada vez mais acelerado; o desequilíbrio da vida familiar e profissional mais expressivo; a informação sobre o exercício da parentalidade (e de como sermos melhores pais) mais abundante e, por vezes, confusa e contraditória; a necessidade de criarmos hábitos digitais seguros mais premente.
Face a este cenário, é importante desconstruir alguns mitos: os pais não terão sempre todas as respostas, nem os seus filhos precisam ser os mais capazes, os que deixam a fralda mais cedo, os que dormem melhor, os que fazem menos birras. Os pais assumem, sim, um papel determinante no desenvolvimento dos seus filhos e da sua autoestima. A criação de uma relação segura, aberta e acolhedora, que inclua o estabelecimento de regras e limites e a oportunidade de se lidar com a frustração, é fator determinante para um melhor desempenho dos filhos em todas as áreas da sua vida. Enquanto Pais, promovamos, então, esta relação de confiança e a oportunidade de sermos imperfeitos tentando fazer o nosso melhor. E quando não nos sentirmos capazes, aceitemos que também nós podemos precisar de ajuda. Feliz dia a todos os Pais (e mães)!
Fique bem pela suasaúde e ade todos os açorianos!
Um conselho da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses

Paula Domingues*

* Vogal da Delegação Regional dos Açores

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