A Comissão Política Regional do CDS-PP/Açores reuniu no passado dia 17 de Março de 2023, em Angra do Heroísmo e abordou a situação política na Região Autónoma dos Açores.
Nas conclusões apresentadas, a Comissão Política Regional do CDS-PP/Açores, refere que em Novembro de 2020, o CDS-PP interpretou os resultados eleitorais, como desejo inequívoco de mudança manifestada pelos açorianos.
Nessa sequência, assinaram um acordo de coligação com o PSD e o PPM para garantir uma solução estável de governo, contribuindo diretamente para o novo ciclo político nos Açores. Pela primeira vez na história da Autonomia, o Governo dos Açores assenta numa coligação multipartidária, alicerçada ainda em acordos de incidência parlamentar, o que exige mais diálogo, mais concertação e mais sentido de compromisso.
Para o CDS-PP/ Açores, tal circunstância representa uma mudança profunda no sistema político regional, o que não cativou, nem satisfaz certas elites e alguns lóbis de interesse instalados e habituados à lógica do poder absoluto serôdio.
Neste quadro político, os três partidos da coligação negociaram um modelo de governação para os Açores e os necessários equilíbrios orgânicos, tendo ficado definido unanimemente o peso institucional que cada partido teria, com base num relacionamento de confiança entre as respectivas lideranças partidárias. Fiel ao acordo assinado em Novembro 2020, e que estabelece que o mesmo é válido para duas legislaturas como condição estruturante do projeto político em curso, o CDS-PP relembra que este compromisso multipartidário foi, inclusivamente, sufragado pelos órgãos de cada partido e exaltado como mudança de paradigma e forma de promover um futuro mais auspicioso para os açorianos.
No entender da Comissão Política Regional do CDS-PP/Açores, em pouco mais de 2 anos de governo, os Açores têm contado com políticas públicas inovadoras em diversos domínios e com elevado pendor social que fazem a diferença na vida das pessoas e são motivo de orgulho para esta coligação, apesar do muito ruído com que tentam desmerecê-las.
O CDS-PP, no espaço do centro-direita, “tem-se afirmado como um partido de estabilidade, ciente das suas responsabilidades no Governo dos Açores e no Parlamento Regional, em contraponto com outros partidos e outros protagonistas que, movidos pelo oportunismo e pela falta de compromisso com o interesse regional, tentam destabilizar e condicionar a ação governativa”, refere o partido em nota de imprensa sobre as conclusões da reunião da Comissão Política Regional do CDS-PP/Açores.
Referem ainda que “no último plenário da Assembleia Regional, os Açorianos assistiram a mais um episódio lamentável protagonizado pelo coordenador da IL/Açores, Nuno Barata, que, com base numa argumentação truculenta, anunciou o rompimento do acordo parlamentar com o PSD. A IL, numa atitude oportunista, e movendo-se por aversões pessoais e pela ânsia de mais poder, ameaçou a estabilidade política, que todos os açorianos desejam, sobretudo numa conjuntura social e económica tão desafiante. O coordenador da IL/Açores, Nuno Barata, com a sua decisão, tornou-se um líder de duvidosa confiança, evidenciando imaturidade e instabilidade reiterada. Recordámos, a este propósito, a intervenção de Nuno Barata na sessão de encerramento do Plenário regional da IL, em Outubro de 2022, quando admitiu rasgar o acordo com o PSD caso, imagine-se, não fosse aprovada uma proposta legislativa que visava a extinção do IAMA e da IROA. Não será este um exemplo real de intromissão da IL, neste caso na política agrícola?”.
Segundo a Comissão Política Regional do CDS-PP/Açores, “a Nuno Barata, político da velha guarda no ativo, juntaram-se rapidamente alguns contemporâneos “Velhos do Restelo” do PPD, que apelaram pelo fim da coligação e por eleições antecipadas, demonstrando um desejo saudosista pelo absolutismo de outras eras. Estes antigos militantes do PPD, por razões históricas e em nome dos seus interesses, tentam denegrir sempre o CDS-PP, contrariamente ao novo PSD liderado por José Manuel Bolieiro”.
Para o segundo partido da coligação de Governo, Artur Lima, líder do CDS-PP, continua firme no cumprimento dos compromissos que assumiu com José Manuel Bolieiro, líder do PSD, e com Paulo Estêvão, líder do PPM, em novembro de 2020, realçando a coesão e a união que tem existido entre os líderes e esperando que esta solução de governo se mantenha forte e capaz de ultrapassar o ruído permanente.
O CDS-PP afirma que se associa aos desejos de estabilidade política e de respeito pelo superior interesse dos Açores manifestados pelo Representante da República para os Açores, Embaixador Pedro Catarino, saudando a sua postura democrática.