Em 2022, a valorização de resíduos selectivos, levada a cabo pela MUSAMI – Operações Municipais do Ambiente, atingiu um valor recorde de 164,5 kg per capita. A valorização material foi de 76 kg per capita e a valorização orgânica atingiu 88,5 kg per capita.
Verificou-se, ainda, um decréscimo dos resíduos urbanos tratados de 29%, face ao ano anterior, sendo que a recolha indiferenciada diminuiu 6,2%, para os 72.5%, enquanto a recolha selectiva aumentou 1,4% (para os 27,5%).
“Este aumento da valorização significa que a qualidade dos resíduos selectivos melhorou, demonstrando que a população de São Miguel está cada vez mais empenhada nas boas práticas ambientais e que a gestão da MUSAMI desses mesmos resíduos é eficaz. O objectivo é continuar a fazer crescer estes indicadores para cumprir as metas europeias. Nesse sentido, irão entrar em funcionamento dois novos centros de tratamento que permitirão duplicar os valores da valorização material e orgânica. Com uma melhor valorização, serão selados, a curto prazo, os aterros sanitários”, refere Ricardo Rodrigues, Presidente do Conselho de Administração da MUSAMI.
Nesse sentido, a Central de Valorização Energética (CVE) de São Miguel, que já se encontra em processo de construção, será essencial para ir além da meta europeia de 10% de resíduos depositados em aterro até 2030. Com a valorização dos resíduos, a CVE de São Miguel irá produzir 26.463 MWh, o que corresponde a 17,7% do consumo doméstico de energia da ilha, produzindo ainda vapor para uso industrial.
“A valorização energética é inevitável para conseguirmos cumprir, em pouco tempo, com o objectivo de eliminação dos depósitos em aterro, produzindo a energia que chega a casa das pessoas e à indústria”, afirma Ricardo Rodrigues.
A CVE de São Miguel irá ainda contribuir activamente para a economia da ilha, com 50 novos postos de trabalho.