Próximo quadro de apoio comunitário com 21,5 ME para projectos de investigação
Diário dos Açores

Próximo quadro de apoio comunitário com 21,5 ME para projectos de investigação

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O Vice-Presidente do Governo Regional dos Açores, Artur Lima, anunciou na Praia da Vitória, que o Programa Operacional 2030 prevê uma “dotação de 21,5 milhões de euros” dedicada “exclusivamente para a realização de projectos e aquisição de equipamento de ponta para as infra-estruturas científicas”.
“Em rigor, o actual Governo mais do que duplica as verbas disponíveis para as unidades de investigação, centros de interface e empresas fazerem investigação e promoverem inovação”, salientou.
Artur Lima falava na sessão de abertura da 2.ª edição do “Atlantic Innovation Week: Where policy, science, technology and industry construct a healthier planet”, que está a decorrer na Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira.
O responsável pelas áreas da ciência e tecnologia assumiu que foi uma “escolha deste Governo alocar mais investimentos a quem promove investigação e inovação”, tendo assinalado que o anterior Programa Operacional 2020 alocou 20 milhões de euros em “betão” e apenas “cerca de 10 milhões de euros em projectos”.
No entendimento de Artur Lima, tem-se verificado uma “mudança muito importante no modo como se faz ciência” nos Açores, lembrando que o “enfoque das políticas públicas” e as “dotações financeiras do PO 2030” exigem uma “ciência aplicada e inovadora, capaz de responder a desafios económico-sociais concretos”.
“Sem pretendermos coarctar os novos caminhos que a ciência está sempre a revelar, importa garantir que o investimento público em ciência se traduz em benefícios tangíveis para os Açores”, frisou.
Artur Lima destacou ainda que o Governo dos Açores aprovou recentemente a nova RIS3 para o período 2022-2027, sendo esta uma das “primeiras condições habilitadoras do PO 2030 a estar concluída”.
“Esta é, para nós, uma ferramenta da maior importância e na qual temos colocado um empenho muito especial. Entendemos que a RIS3 deve orientar as políticas públicas de investigação e inovação, de acordo com o interesse público”, considerou.
E continuou: “Não temos preferência sobre a ciência que se faz, mas somos obrigados, numa realidade de recursos finitos, em definir prioridades de acordo com as nossas necessidades e alinhadas com o nosso patamar de desenvolvimento”.
O governante fez questão de sublinhar que o Atlantic Innovation Week é um “evento que projecta a Região Autónoma dos Açores como ecossistema favorável à inovação”, tendo agradecido ao AIR Centre – Atlantic International Research Centre, ao TERINOV – Parque de Ciência e Tecnologia da ilha Terceira e à Câmara Municipal da Praia da Vitória a sua organização.
O Atlantic Innovation Week trata-se de uma conferência internacional com o objectivo de procurar soluções para os desafios que a sociedade enfrenta, decorrentes de desequilíbrios dos ecossistemas naturais, mudanças climáticas e degradação ambiental.
Nesta segunda edição, as sessões temáticas do AIW estarão alinhadas com as áreas prioritárias e objectivos definidos pelos Açores na nova Estratégia de Especialização Inteligente (RIS3), mais especificamente, nas áreas da agricultura e agro-indústria, mar e crescimento azul, turismo e património, espaço e ciência e dados, e saúde.
O evento decorre até amanhã.

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