A Pessoa Idosa é um Valor, Um Património de Vida:
Memórias na Identidade do Espírito
A ASSOCIAÇÃO DA JUVENTUDE DE GINETES, que na própria década de 90, (de 1989 para 1990), do século passado, iniciou a sua primeira atividade, pública, como está documentado, em diálogo e atividades entre gerações. Depois diálogo entre gerações e profissões, com plena atualidade e futuro. Desenvolveu um trabalho pioneiro de intercâmbios em termos locais, de ilha (S.Miguel), inter-ilhas,(Açores), com o Continente Português e com vários países da, agora, União Europeia, um Património para o futuro, - sempre atuante e atualizável - são iniciativas que cada pessoa pode – e deve – potenciar ao longo da vida, em vivências e experiências das quais brotam sempre memórias vivas e atuantes, em conhecimento transformador. Tudo isso ajuda a abrir horizontes e configura sentido(s).
Na Associação da Juventude de Ginetes já, então, Declarada de Utilidade Pública, foi desenvolvido trabalho pessoal, interpessoal, comunitário, social, cultural, histórico, etnográfico, etc, etc, etc, envolvendo muitas e muitas pessoas de todas as Idades, num diálogo entre Gerações e Profissões. Lançámos sementes e plantámos raízes. Aqui fica uma Homenagem aos que desenvolveram, direta ou indiretamente, atividades na Associação da Juventude de Ginetes, ao longo dos anos. Com toda a objetividade, podemos afirmar que a Associação da Juventude de Ginetes pode sempre constituir uma Fonte de Inspiração, em conhecimento e projetos para o Futuro. Foi reconhecido, - e é - por todos, como uma Associação de Referência, no Associativismo nos Açores. Sempre defendemos a Autonomia de cada Associação. Cada Associação deve respirar pelos seus próprios pulmões, - com mérito próprio - sem prejuízo de modos, múltiplos, de interação e, até, de federação, mas sem nunca perder a sua Autonomia própria, a sua voz própria. Nos tempos de hoje há várias formas de tentar anular a identidade, a autonomia e a voz própria, e temos de estar atentos a esses impulsos dissimulados. Numa Região que é Autónoma, - os Açores -, devemos sê-lo. E nunca esquecer que os Ginetes são “A Terra da Autonomia”, foi nos Ginetes, na Casa do Monte, que, foi içada, pela primeira vez, a Bandeira da Autonomia. Um facto e um feito histórico que deveria de ser assinalado em cada ano. É fundamental a Educação história e a consciência histórica. Vivemos de celebrações e de memórias, sem evocativas da luz do passado, que se projeta no futuro. Uma Associação só se justifica se tiver fundamentos em Princípios e Valores.
É assim o dinamismo interativo entre passado, presente e futuro. Todos temos a aprender e “Aprender a Ser” (UNESCO) uns com os outros. A Fotografia está publicada na página 170 do livro “Um Olhar de Observação sobre os Ginetes” da autoria do Padre Dr. António Ferreira. O livro contém fotografias de algumas pessoas que hoje se encontram como emigrantes na(s) Diáspora(s). Um Abraço para todos/as, onde quer que se encontrem. Nós, aqui, nos Açores, em Diversidade e Unidade também fazemos uma certa experiência de Diáspora, reconduzida à Unidade pelo Divino Espírito Santo e pelas Festas em Honra do Divino Espírito Santo, tão vivamente celebradas, com Fé, Amor e Alegria, na partilha do Pão, do Vinho e da Massa Sovada.
Legenda da Fotografia: “Diálogo entre gerações. Homenagem aos “Atletas da Vida”. Natal de 1993”.
O Espírito Permanece. O Espírito de Luz é um Tempo sem Tempo. Daí a Memória Viva e atuante.
Ponta Delgada, 23 de março de 2023 *
Pensar como uma Montanha:
Um Livro Pioneiro em Ecologia
Transcrevo da badana do livro “Pensar como uma montanha”, de Aldo Leopold, na tradução portuguesa (2008): “Pela Primeira vez em Português. O mais debatido clássico da Ecologia e da Natureza.” “Seis décadas passaram (1949-2008) sem que tivesse sido traduzida para português uma das obras mais importantes de sempre no domínio da ecologia e da natureza.”
(...) Para título desta edição em língua portuguesa, “Pensar como uma Montanha”, adotámos uma expressão do próprio A. Leopold, na qual ele aponta para a necessidade de superar o ponto de vista estreitamente antropocêntrico e de ter sempre em conta o longo e longuíssimo prazo, se se quer evitar a destruição acelerada da natureza, e da humanidade com ela.”
Emanuel Oliveira Medeiros
Professor Universitário*
*Doutorado e Agregado em Educação e na Especialidade de Filosofia da Educação