O deputado José Pacheco enviou à Assembleia Regional um requerimento, questionando o que tem feito a Inspecção Regional das Actividades Económicas (IRAE) para fiscalizar as margens de comercialização e vendas de bens alimentares na Região.
No documento, o Chega alerta que se torna “cada vez mais necessário avaliar, fiscalizar e monitorizar os preços praticados no mercado de forma a evitar a especulação na venda dos produtos”, questionando também se houve aplicação de contra-ordenações nos casos em que foram detectadas irregularidades e em que ilhas.
Tendo em conta o aumento dos preços das matérias-primas, bem como os combustíveis, “que se tem reflectido, há muitos meses, no aumento dos preços dos bens alimentares e causado uma subida galopante dos preços dos bens alimentares ao consumidor”, o deputado José Pacheco quer saber se a Região tem delineada alguma estratégia para a detecção de práticas especulativas no arquipélago.
O Chega quer ver esclarecido se tem havido consequências para quem esteja a inflacionar os preços dos bens.
O deputado José Pacheco não tem dúvidas que “o grande aumento da inflação em apenas um ano [era de 1,1% em Janeiro de 2022 e passou para 19,5% em Fevereiro deste ano] está a deixar muitas famílias açorianas em dificuldades” e acredita mesmo que “possa haver quem se esteja a aproveitar da situação que vivemos actualmente para aumentar os preços dos bens essenciais”.
Neste sentido, afirma que “é preciso clarificar e acompanhar toda esta situação e punir quem se esteja a aproveitar dos açorianos”, reafirmando que muitas vezes os produtores estão a assumir custos de produção mais elevados, mas depois vêem os seus produtos à venda com margens de lucro elevadíssimas.