Educação Filosófica
Na Procura de Deus há uma evidência de luz: quanto mais nos aproximamos de Deus mais nos aproximamos de nós, quanto mais nos afastamos de Deus mais nos afastamos de nós. Mas com Cristo a proximidade e encontro são plenos. Cristo é o Caminho, mas esta verdade vem da certeza da carne que sangra mas “o amor cura”, como afirmara Platão, séculos antes de Cristo. Uma afirmação que Bento XVI cita. Poucos perceberam a mente aberta de Bento XVI no dinamismo da Procura de Deus.
Ponta Delgada, 09 de setembro de 2023,
Autoria de Emanuel Oliveira Medeiros
(Publicado originalmente na Página do Facebook do Autor. O texto, agora publicado, tem uma modificação, mas guardo em pleno o sentido primeiro).
Reflexões sobre o Facebook (I)
Há muito que tenho a consciência clara de que, na atualidade, as redes sociais fazem parte da vida das pessoas, mas nunca me inclinava para ter uma página numa rede social. Qual era a ideia que tinha, talvez preconcebida, de que as redes sociais eram - são - espaços reais, em meios virtuais, de socialização, com todas as distorções que resultam da socialização, do socializar, que não é humanizar, além disso tinha a ideia que parte da própria palavra “rede”, rede leva a enredar e isso abomino, rejeito tudo o que me tire a paz de espírito. Depois comecei a pensar na rede como metáfora, não só do que é negativo, mas também do que é positivo e exige muita paciência. Comecei a pensar na faina dos pescadores que, com muita paciência, tiram os nós das redes, as redes com diferentes malhas. Mas persistia a ideia da rede como captura. Estar em rede não é o mesmo que estar em ligação e em estruturas de apoio. Mas logo vi que o Facebook, que é a única rede social que partilho, faz hiperligações e vejo que há a preocupação pela correção e mecanismos de regulação da seriedade, entre muitos outros aspetos sobre os quais irei escrever noutros apontamentos e reflexões, com o mesmo título, devidamente numerados.
Ponta Delgada, 10 de setembro de 2023,
Autoria de Emanuel Oliveira Medeiros
(Publicado originalmente na Página do Facebook do Autor).
AMAR A LÍNGUA PORTUGUESA, ESSE IMENSO OCEANO DE SER
Agostinho da Silva, Grande Filósofo que compreendeu, em profundidade, a Essência de Ser Português. Como Amália Rodrigues diria: “Lisboa não sejas francesa, Lisboa não vais ser feliz”. Sermos quem somos. Sou Açoriano, neste Lugar chamado Açores, assim nasci Português, aqui, numa Terra especial, a Freguesia dos Ginetes, Terra da Autonomia, no Concelho de Ponta Delgada. Assim nasci num Torrão que só eu sei evocar e invocar, no modo como é em mim, neste crescer e ser ao longo da Vida. Ginetes, nos Açores, um Arquipélago, Aqui e Agora, sempre universal, em identidade constituinte, em Abertura ao Mundo, a outros mundos. Os Açores são centros e periferias em dinâmicas e interação. Aqui sou também emigrante e migrante, mas igualmente cosmopolita. A Vida é a mais profunda Universidade, em universalidade de Ser. Ser Açoriano é só para quem nasceu Açoriano e, no mesmo momento, Português, até às entranhas na Língua na qual sou e vivo. A Língua Portuguesa é um Oceano imenso, um imenso mundo para descobrir, ser e realizar. Falar Português, como Língua Materna, foi um belo destino que nos coube, que me coube, no seu modo peculiar de se dizer quando um Açoriano fala.
A Língua Portuguesa atrai-me e cultivo-a imenso. É a minha Língua Materna, bebi-a no seio materno e ao colo da minha amada Mãe vi o Mundo com Amor, vendo e escutando a Língua Portuguesa, ao colo balbuciei na Língua que já era, mas só em mim, em cada um de nós, encontra a novidade e a singularidade de ir sendo connosco, comigo. Quando nasci também fui Língua e linguagem, mas, antes. a dignidade de Nascer e Ser Pessoa. Já, antes, na conceção, Deus Sabia tudo de mim. Eu cresci a falar Português e a Língua Portuguesa continua a ensinar-me a crescer e a ser. Somos a Língua Primordial que falamos e amamos. Em termos escolares, as línguas sempre me fascinaram, mas é na Língua Portuguesa que o meu Pensamento mergulha e se fascina. Não sei latim. Mas ao falar a Língua Portuguesa sinto o latinar, o latejar do latim na Língua Portuguesa, vejo e sinto a vida e o dinamismo da Língua Portuguesa. Toda a minha vida é pouca para Ser e Crescer na Língua Portuguesa. A Língua não é uma questão de uso mas de vivência, nesse sente é linguagem, nas diversas línguas, em que se expressam os Saberes no Banquete da Sabedoria, no caminhar na vida, com todas as suas adversidades, (in)certezas e Alegrias. Mas a Língua nada diz quando se abeira do Mistério, na Procura de Deus. Só o Amor nos salva.
Ponta Delgada, S. Miguel/Açores, 07 de setembro de 2023, 14: 27, Hora dos Açores,
Texto de Emanuel Oliveira Medeiros
(Publicado, originalmente, na Página do Facebook)
EVOCAÇÃO IL DIVO
UM GRUPO DE LUZ. QUATRO VOZES ÍMPARES, UMA DELAS JÁ A CANTAR NOUTRA DIMENSÃO, NO ESPLENDOR DA LUZ PERPÉTUA.
ESTE CD FOI UMA OFERTA QUE ME FIZERAM, HOJE, DIA 04 DE SETEMBRO DE 2023. QUEM ME OFERTOU FOI UMA AMIGA, QUE PREZO, IGUALMENTE, COMO COLEGA, UMA PESSOA BEM FORMADA, DE CARÁTER, UMA PESSOA INCAPAZ DE MOVER MALDADE. UMA PESSOA QUE SE DISTINGUE PELA INTELIGÊNCIA, SENS4BILIDADE E VIRTUDES. OS SISTEMAS EDUCATIVOS - DE TODOS OS NÍVEIS DE ENSINO - SÓ DE PESSOAS ASSIM DEVIAM SER FORMADOS, DE PESSOAS ASSIM. SÓ PESSOAS COM ESSAS QUALIDADES E VIRTUDES TÊM A CATEGORIA DE PROFESSORES/AS. NÃO BASTA SER CERTIFICADO/A, É PRECISO SER QUALIFICADO. ESSA É A DIFERENÇA ESSENCIAL. NA HORA CERTA, SABEMOS SEPARAR O TRIGO DO JOIO. UMA PARÁBOLA BÍBLICA, PROFUNDAMENTE EDUCADORA.
Ponta Delgada, 04 de setembro de 2023
Um Registo e Partilha de Emanuel Oliveira Medeiros
Publicado na Página do Facebook
Sempre gostei muito de Cantar, tal como muitos outros atos, a dizer em múltiplos verbos. As expressões são manifestações em Educação e Filosofia. São sempre momentos de luz e de elevação espiritual ouvir grandes músicas, em musicalidade, e nas vozes, que ao cantarem letras, abrem e criam músicas profundas. Uma ideia que S. Agostinho explica luminosamente no livro Confissões. Um dia, Se Deus quiser, retomarei e aprofundarei essa ideia. Da letra nasce a música e de todas as fontes da Vida e do Universo.
A afinidade e cumplicidade dos membros do Grupo IL DIVO mostram Harmonia, Sintonia, um modo especial de Ser, que partilhavam a quatro. Mas o Grupo ficou só com três elementos. Desejo que a Voz de Carlos esteja a Cantar para Deus, no Céu de Luz, na vida eterna, a Eternidade, que É Essência e Destino que nos une. A morte não é um fim em si mesma, a morte é condição para aceder à outra Vida, a vida plena, a Eternidade. E Cristo exorta-nos para nos prepararmos, porque não sabemos nem o Dia nem a Hora. Deus é o SENHOR da Vida.
Emanuel Oliveira Medeiros
Professor Universitário*
*Doutorado e Agregado em Educação e na Especialidade de Filosofia da Educação