O Conselho de Administração da Portos dos Açores enviou ao nosso jornal a seguinte nota, relativa à notícia do navio de cruzeiros “Sky Princess", que não conseguiu entrar no porto de Ponta Delgada devido à greve dos pilotos de barra:
“O Conselho de Administração da Portos dos Açores, SA., esclarece e retifica publicamente alguns pontos referentes ao artigo publicado no dia 15 do corrente mês, sob o título “Perplexidade” do comandante “Sky Princess” não entrou no porto de Ponta Delgada surpreendido com greve dos pilotos””.
Assim e por forma a repor a verdade dos factos, esclarece-se:
1. A Portos dos Açores, S.A. ou os seus representantes legais, nunca foram consultados sobre estes alegados factos que afetam a reputação e boa imagem desta empresa pública, a qual tudo tem feito para dignificar e valorizar este segmento portuário, com amplos reconhecimentos públicos do trabalho desenvolvido, nacional e internacionalmente, com factual incremento do número de escalas (em quantidade e qualidade), o que sustenta e traz verdadeiro valor acrescentado à nossa Região;
2. É fundamental esclarecer que a Portos dos Açores não tem qualquer responsabilidade na comunicação entre o agente de navegação e os armadores/comandantes dos navios que operam na Região Autónoma dos Açores (neste caso, em específico, o comandante do navio “Sky Princess”), pelo que o artigo revela um profundo desconhecimento do contexto e da realidade portuária. Esclarece-se assim, que a intermediação entre o armador e a autoridade portuária (Portos dos Açores) é assegurada exclusivamente pelo seu agente de navegação;
3. Assim neste ponto, importa esclarecer que a Portos dos Açores garantiu, em tempo útil, todos os procedimentos legais e comunicações devidas, via correio eletrónico datado de 3 de novembro de 2023, informando toda a comunidade portuária, entre os quais os agentes de navegação que operam na Região Autónoma dos Açores, sobre as condições operacionais atípicas resultantes da greve dos pilotos;
4. A Portos dos Açores informa ainda que todos os Agentes de navegação da RAA, foram mantidos a par desde o início do processo negocial que abrange os sindicatos OFICIAISMAR e SINCOMAR, sobre as condições e limitações operacionais decorrentes da greve prevista, à qual a Portos dos Açores é tão alheia e prejudicada, como todos os seus parceiros comerciais e congéneres nacionais, dado que se trata de uma negociação realizada ao nível da tutela sectorial nacional;
5. Clarifica-se ainda que a decisão de não atracar foi tomada única e exclusivamente pelo Comandante do navio de cruzeiro, que avaliou a situação com base na informação do seu agente de navegação e de acordo com os seus critérios empresariais. Ressalva-se que, as comunicações tidas entre o Agente e o Comandante do navio são exclusivamente da sua responsabilidade, tendo assegurado a Portos dos Açores todas as condições de operação necessárias e possíveis, inclusive o embarque da equipa de Pilotagem, a pedido do Comandante e Agente, para depois desembarcá-los, conforme orientação dos mesmos;
6. Entendemos assim reposta a verdade dos factos, dando última nota de que, continuamos a trabalhar todos os dias para melhorar e reforçar as nossas Comunidades Portuárias.”