O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) registou, nas últimas horas de ontem, “três sismos sentidos” pela população em São Jorge, ilha onde a actividade sísmica “continua acima do normal”.
Num comunicado publicado no seu site na Internet, para um ponto da situação às 10h00, o CIVISA informa que, desde as 22h00 de Quarta-feira até às 10h00 de ontem, “foram sentidos três sismos”.
“O sismo mais energético” desde o início da crise sísmica continua a ser o de Terça-feira, às 21h56, com magnitude de 3,8 na escala de Richter, lê-se no comunicado.
Desde a crise sismovulcânica, que se iniciou há quase duas semanas, o CIVISA identificou “cerca de 221 sismos sentidos pela população”.
O CIVISA refere que “continua a acompanhar o evoluir da situação”, informando que actividade sísmica que se tem vindo a registar desde a tarde de 19 de Março “na parte central da ilha de São Jorge”, num “sector compreendido entre Velas e Fajã do Ouvidor, continua acima do normal”.
De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).
A ilha está com o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.
Reforço militar para S. Jorge
Entretanto, os militares enviaram para a ilha de S. Jorge, em reforço da capacidade já instalada de apoio militar à proteção civil, e com recurso a uma aeronave C-130 da Força Aérea Portuguesa, duas equipas de Sistemas Aéreos Não Tripulados da Marinha, e uma equipa sanitária, também da Marinha, constituída por um médico e um enfermeiro.
Estas equipas de Sistemas Aéreos Não Tripulados estão equipadas com quatro “drones” e duas moto 4, e têm por finalidade ecfetuar reconhecimentos a itinerários, áreas afetadas por derrocadas e apoiar eventuais operações de busca e salvamento.
A equipa sanitária colaborará na ligação com as estruturas locais de saúde, em coordenação com o módulo sanitário do Ponto de Reunião e Irradiação de Desalojados (PRID).
O PRID encontra-se instalado no concelho da Calheta desde o dia 28 de março e é constituído por um Posto de Comando e várias equipas, nomeadamente uma Equipa de Ligação, uma Equipa de Alimentação, uma Equipa de Reabastecimento de Água, uma Equipa de Posto de Socorros, uma Equipa de Reabastecimento e uma Equipa de Gestão de Transporte de Desalojados e Serviços.