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Publicado em 29-02-2020
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Escrito por Olivéria Santos
A Comissão Executiva dos CTT esteve em Ponta Delgada na passada Quarta e Quinta feiras para a já habitual reunião estratégica semanal da empresa. Tratou-se de uma deslocação que conforme deu conta ao Diário dos Açores António Pedro Silva, Administrador Executivo dos CTT, se enquadra na “forte proximidade da empresa com as populações, uma das mais importantes vantagens competitivas dos CTT, a par da capilaridade da rede de Lojas e da rede de distribuição”.
À conversa com o Diário dos Açores António Pedro Silva falou da visão dos CTT sobre o subsídio de mobilidade, do encerramento de balcões nos Açores e ainda o que pensa a empresa fazer para minimizar a insatisfação de muitos clientes relativamente a atrasos nas encomendas para a Região.
Diário dos Açores – Qual o vosso principal objectivo com esta reunião estratégica da empresa nos Açores?
António Pedro Silva – O que procuramos fazer é estar mais próximos das pessoas, dos nossos clientes, forças locais e de futuros colaboradores. Queremos perceber o que são as preocupações nos locais mais prementes e onde poderemos promover mais rapidamente as suas resoluções.
Uma das questões que tem gerado alguma celeuma prende-se com o subsídio de mobilidade, cujo reembolso é feito pelos CTT. Esta tem sido uma matéria que tem merecido a vossa atenção?
APS – Para nós é uma preocupação, no sentido em que este serviço tem vindo a ocupar as nossas lojas e também por alguma insatisfação que temos sentido de alguns clientes. Há já algum tempo que estamos a trabalhar na procura de uma solução que visasse desburocratizar este processo a até permitir que os clientes pudessem, numa plataforma online, fazer um upload dos seus documentos para que, à posteriori, os CTT pudessem fazer os respectivos reembolsos através destas plataformas. Os clientes que não tivessem facilidade em usar essa ferramenta, podem continuar a fazê-lo nas nossas lojas.
Temos vindo a trabalhar nisso, mas há no quadro legal uma restrição que diz que esse serviço só pode ser feito de modo presencial. O que precisamos é perceber que aquilo que é a utilização online, através de um processo de certificação do utilizador possa ser considerado presencial. Este obstáculo tem que ser ultrapassado para que possamos melhorar este processo. Estamos bastante empenhados em resolver esta situação porque tem um impacto importante na ocupação dos nossos trabalhadores em loja e na percepção que os clientes têm quando vão à loja e têm que esperar muito tempo.
Há aqui, claramente, muito trabalho a fazer em termos de melhoria, sendo certo que já temos dias pistas identificadas. Uma prende-se com a centralização do grande volume de processos que vêm de grandes empresas e entidades públicas que veio permitir retirar alguma carga em loja. A outra pista passa pela ambição de podermos activar uma plataforma online.
O processo de reestruturação dos CTT levou ao encerramento de balcões dos correios, onde se incluem alguns nos Açores. Neste momento, este processo está concluído? Estão previstos mais encerramentos de balcões?
APS – Desde 2015 que a rede dos CTT está muito estável nos Açores. Temos 59 pontos, dos quais 25 são rede própria e os restantes são com os nossos parceiros. A cobertura dos CTT nos Açores é superior à que temos em Portugal continental e, a nosso ver, responde muito bem àquilo que são as necessidades da população.
Nos processos de encerramento em muitos sítios, fechamos a única loja que havia em sede de conselho no continente e são esses processos que estamos a reverter, porque entendemos que um bom sinal de proximidade é ter, pelo menos, uma loja própria em sede de conselho. Trata-se de uma situação que não se verifica nos Açores e consideramos que temos uma posição muito confortável em relação ao que são as necessidades dos açorianos. Não pretendemos reduzir ou aumentar balcões nos Açores, mas também não temos preconceito nenhum em que se existir uma oportunidade e uma necessidade identificada de podermos trabalhar neste sentido.
No portal da queixa, as maiores insatisfações são reportadas por residentes nos Açores que se queixam dos atrasos nas entregas de encomendas. Como têm os CTT respondido as estas queixas?
APS – Há uma grande transformação naquilo que é o conceito de correspondência porque, de facto, a empresa está em transformação e há um eixo de correspondências que está em quebra e há um outro eixo, das encomendas, que tem tido um crescimento muito acentuado. Reconhecemos dificuldades na carga, trabalhamos com a Tap e com a Sata, e há, e facto, um problema com as capacidades de carga nestas companhias por via até do crescimento do turismo e isso retira espaço aos CTT para poderem enviar a sua carga, criando problemas de qualidade à nossa empresa.
Temos optado por utilizar alternativas marítimas, também já desviamos alguma carga de Lisboa para o Porto e daí seguir para os Açores, mas isto tem empatado muito a nossa capacidade de entregar com os sistemas de qualidade que pretendemos ter. É algo que nos preocupa muito, que é da nossa responsabilidade, mas que tem variáveis que são complexas. Estamos e sempre estivemos em articulação com as companhias aéreas, sabemos que a Sata está num processo de transformação, mas acreditamos que, com diálogo, conseguiremos aumentar a nossa capacidade de carga.
Temos este constrangimento relacionado com o fluxo entre os Açores e o Continente que estamos a todo o custo a procurar resolver com as entidades aéreas que estão a operar na Região.
Muitas destas queixas decorrem deste contexto global e não da capacidade operacional dos CTT no arquipélago. Depois que as cartas e as encomendas cheguem aos Açores temos a capacidade adequada para poder fazer a distribuição nos tempos certos.
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