Os Açores foram a região do país que registaram as maiores perdas em dormidas e proveitos de Janeiro a Julho deste ano.
Segundo revelou ontem o INE, de Janeiro a Julho a nossa região teve uma quebra de -78,9% nos proveitos dos estabelecimentos de alojamento turístico, a maior registada em todo o país. Nas dormidas a queda foi de -75,6%.
Quanto ao mês de Julho, todas as regiões registaram decréscimos das dormidas, registando-se as menores diminuições no Alentejo (-26,2%) e Centro (-49,6%).
As maiores reduções verificaram-se na RA Madeira (-86,9%), na RA Açores (-84,7%) e AM Lisboa (-82,5%).
O Algarve concentrou 39,1% das dormidas, seguindo-se o Norte (17,8%) e o Centro (14,9%).
Em Julho, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 157,9 milhões de euros no total e 123,7 milhões de euros relativamente a aposento, correspondendo a variações de -70,5% em ambos (-88,6% e -88,2% em Junho, pela mesma ordem).
Todas as regiões registaram decréscimos expressivos nos proveitos em Julho, com maior enfoque na RA Madeira (-87,6% nos proveitos totais e -87,4% nos de aposento), AM Lisboa (-86,4% e -86,7%, respectivamente) e RA Açores (-85,3% e -85,7%, pela mesma ordem).
Faial, Pico e S. Miguel os mais prejudicados no ano
De acordo com o SREA, na Região Autónoma dos Açores, no mês de Julho, no conjunto dos estabelecimentos hoteleiros, turismo no espaço rural e alojamento local, as dormidas atingiram 67,2 mil dormidas, representando um decréscimo homólogo de 84,2%, no entanto, somaram perto de seis vezes mais do que no mês anterior.
De Janeiro a Julho as ilhas que registaram as maiores quedas de dormidas foram o Faial (-82%), Pico (-79,1%) e S. Miguel (-77,6%).
Ainda em termos de variações homólogas acumuladas, de Janeiro a Julho, todas as ilhas apresentaram variações homólogas negativas.
As variações negativas oscilaram entre -41,2% na ilha do Corvo e -82,0% na ilha do Faial.
A ilha de S. Miguel com 173,4 mil dormidas concentrou 65,4% do total das dormidas, seguindo-se a Terceira com 56,7 mil dormidas (21,4%) e o Faial com 11,1 mil dormidas (4,2%).
78% de queda nos proveitos
Os proveitos totais nos estabelecimentos hoteleiros, de Janeiro a Julho de 2020, atingiram 12,4 milhões de euros, tendo os proveitos de aposento atingido, no mesmo período, 8,7 milhões de euros.
Estes valores correspondem a variações homólogas negativas de 78,8% e de 80,1%, respectivamente; para o total do país em igual período, os proveitos totais e os de aposento apresentaram variações homólogas negativas de 71,1% e de 71,6%, respectivamente.
As três ilhas com maiores quedas nos proveitos foram S. Miguel, Pico e Faial.
Em Julho, os proveitos totais e os proveitos de aposento apresentaram variação homólogas negativas respectivamente de, 85,8% e de 86,1%.
Para o total do país, as variações negativas foram ambas respectivamente de 72,6%.
As ilhas de São Miguel, Terceira e Faial foram as que maior peso tiveram nos proveitos totais, respectivamente com 68,3%, 16,4% e 4,5%.
Na Região Autónoma dos Açores, no mês de Julho, o alojamento local registou 28,8 mil dormidas, representando um decréscimo homólogo de 82,6%.
77% de queda no Alojamento Local de Janeiro a Julho
De Janeiro a Julho de 2020, no alojamento local registaram-se 119,9 mil dormidas, valor inferior em 77,3% ao registado em igual período de 2019.
De Janeiro a Julho, os residentes em Portugal atingiram cerca de 58,5 mil dormidas, correspondendo a um decréscimo homólogo de 63,6%; os residentes no estrangeiro atingiram 61,4 mil dormidas, registando uma diminuição em termos homólogos de 83,3%.
Neste período registaram-se 34,3 mil hóspedes, apresentando uma taxa de variação negativa de 77,4% relativamente ao mesmo período de 2019.
De Janeiro a Julho a ilha de S. Miguel com 81,2 mil dormidas concentrou 67,7% do total das dormidas, seguindo-se a Terceira com 15,6 mil dormidas (13,0%), o Pico com 8,2 mil dormidas (6,8%) e o Faial com 6,9 mil dormidas (5,8%).
Queda de 85% nos hotéis
Na Região Autónoma dos Açores, no mês de Julho, os estabelecimentos hoteleiros registaram 36,1 mil dormidas, representando um decréscimo homólogo de 85,2%.
As dormidas dos residentes em Portugal diminuíram 67,0% e as dormidas dos residentes no estrangeiro registaram um decréscimo de 94,0%.
Os proveitos totais atingiram 2,2 milhões euros e os proveitos de aposento 1,7 milhões euros, correspondendo a variações homólogas negativas de 85,8% e de 86,1%.
De Janeiro a Julho, os residentes em Portugal atingiram cerca de 169,3 mil dormidas (63,9% do total) e os residentes no estrangeiro 95,8 mil (36,1% do total).