O Grupo Sousa, através do armador GSLINES, acaba de adquirir um navio porta-contentores, ex-“ORION”, construído em 2008, que passa a designar-se “Jaime S”, em homenagem ao pai do Fundador, Presidente e CEO do Grupo Sousa, Luís Miguel Sousa.
Com 129,9 metros de comprimento, 20,6 metros de boca, 7.545 toneladas de arqueação bruta e capacidade para transportar 698 TEU, o “Jaime S” é um navio gémeo do “Rebecca S”, também pertencente ao Grupo Sousa, sendo a única diferença não ter gruas de bordo.
O “Jaime S” encontra-se agora em Cádis, para um período de docagem.
Considerando que a linha marítima entre Portugal continental e a Região Autónoma dos Açores não é compatível com a utilização de navios sem gruas, o Grupo Sousa passa a afetar a esta linha o navio “Rebecca S”, que até agora operava na linha da Madeira.
Assim, o navio “Jaime S” será colocado na linha marítima entre Portugal continental e a Região Autónoma da Madeira.
A alocação do “Rebecca S” aos Açores, em substituição do navio “Insular”, que até agora estava afretado pela GSLINES, permitirá um aumento da capacidade de oferta do armador para aquela Região em 100 TEU por viagem (passando de 320 para 420 TEU).
Esta aquisição vem reforçar a estratégia do Grupo Sousa na prestação de um serviço de qualidade no transporte marítimo de carga, através da utilização de meios próprios, melhorando, desta forma, e em particular, o abastecimento regular da Região Autónoma dos Açores.
O Grupo Sousa — maior armador português — dispõe agora de uma frota composta por sete navios próprios, dos quais um para o transporte de passageiros, entre a Madeira e o Porto Santo, e seis porta-contentores, onde dois seencontram afetos à linha dos Açores, dois afetos à linha da Madeira e dois afetos ao West Africa Trade, sendo que 60% da oferta da capacidade da frota está precisamente alocada a este mercado.
… e faz viagem extra para transportar carros para os Açores
Na sequência da procura extraordinária de transporte de carros entre o continente e os Açores que ocorreu recentemente, conforme revelou o nosso jornal, o Grupo Sousa, através do seu armador GSLINES, realizou ontem uma viagem extraordinária do seu navio “Laura S”, entre Lisboa e os Açores, para escoar os automóveis que estavam por transportar, há alguns meses, no porto de Lisboa, depois de muitas queixas dos empresários açorianos.
O Grupo, em nota emviada ao nosso jornal, diz que criou “condições muito especiais para transportar os carros em contentores, aumentando, assim, substancialmente a capacidade de carga de carros”.
Apesar da capacidade de oferta do navio ser de cerca de 435 carros – 85 carros em convencional e 350 carros dentro de contentores – o navio saiu de Lisboa com 228 veículos – 63 em convencional e 165 dentro de contentores – isto é apenas metade da sua capacidade de transporte de veículos, “confirmando, assim, que existe capacidade instalada para poder escoar todas as necessidades de transporte de carga e automóvel para os Açores”.
Os empresários já tinham respondido a esta questão, dizendo “se os armadores têm capacidade então porque não escoaram mais cedo? Porque foi preciso ameaçar com fretamentos de navios para os armadores se mexerem?”.
O Grupo Sousa diz que “a expectativa que foi inicialmente transmitida ao armador pelos vários players do mercado automóvel é que haveria carros disponíveis para encher o navio, o que não se veio a confirmar. Assim, o armador teve de recorrer aos transportadores habituais de carga contentorizada por forma a preencher os espaços de carga disponíveis e desta forma viabilizar esta viagem extraordinária”.
O navio “Laura S” saiu ontem de Lisboa, às 11h30, e irá descarregar os carros e restante carga na próxima quinta-feira, em Ponta Delgada, e sexta-feira na Praia da Vitória, regressando logo depois ao continente por forma a retomar as viagens regulares.
À semelhança do que acontece com os Açores, o Grupo Sousa irá também realizar uma viagem extraordinária do navio “Rebecca S” à Madeira na próxima segunda-feira, dia 8 de julho, com o intuito também de transportar carros dentro de contentores.
Esta viagem extraordinária do “Rebecca S” só é possível porque, conforme notícia cima, o Grupo Sousa adquiriu mais um navio para a sua frota – o “Jaime S”.