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Ser voluntário é…

Quantos de nós em diferentes fases da nossa vida sonhamos com “um dia vou fazer voluntariado em África” ou “gostava de fazer uma missão humanitária”.
Ser voluntário é muito mais do que querer ir para fora ajudar. É um trabalho que deve primeiro começar interiormente, com preparação, autoconhecimento e resiliência.
Segundo definição das Nações Unidas, “voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos…”
Em primeiro lugar, existem muitas formas de voluntariado. Podem ir desde pequenos gestos de compaixão para com o outro no meu dia-a-dia, a uma causa que defendo e à qual dou do meu tempo e do meu conhecimento para que cresça e evolua, a uma ação que pratico com regularidade ou mesmo uma missão a tempo inteiro, como uma missão humanitária. Importa saber o que quero para mim!
Em segundo lugar, sentido de propósito, motivação. Dar um sentido e um propósito à nossa vida significa perceber o que é mais importante para nós, o que influência mais o nosso comportamento e orienta as nossas decisões. A motivação é aquilo que nos move. Faz-nos seguir numa determinada direção. É aquilo que faz com que as pessoas ajam para atingir os seus objetivos. Desta forma, posso ter muitos sonhos que não passam de ideias se não houver intenção de os concretizar. É preciso parar e pensar, onde estou, onde quero chegar e o que preciso fazer para lá chegar. Importa pensar qual o meu projeto de vida e construi-lo.
Em terceiro lugar, ser útil. Gostar de ajudar não chega para se ser um bom voluntário. Devemos colocar as nossas competências enquanto pessoa e por vezes até profissionais ao serviço dos outros. Devemos pensar numa perspetiva de mais valia para o outro. Onde posso ser útil?
Por último, respeito. Nunca nos devemos esquecer que o que fazemos é em prol do outro e que este, acima de tudo, deve ser respeitado. Respeito pelo outro, pela sua forma de pensar, pelos seus valores, pela sua cultura. Respeitar para ser respeitado.
Dar é receber!
Precisamos de mais pessoas que sonham em ser voluntários. Que se dediquem ao serviço pelo outro, que dão o melhor de si!
Fique bem, pela sua saúde e a de todos os Açorianos!
Um conselho da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Catarina Cordeiro *

  • Psicóloga
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