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Açores tiveram o maior crescimento de turismo do país no Verão

Os Açores registaram o maior crescimento percentual em hóspedes (+8%) e dormidas (+8%), no sector turístico, durante o último Verão, com a taxa de ocupação a subir para 76% (+2 p.p.), o maior aumento nacional.
Os dados acabam de ser divulgados pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que também divulgou os resultados do 3.º Trimestre de 2024, destacando o desempenho positivo do setor hoteleiro nacional, sem surpresas na época alta.
Durante o período de Verão, os empreendimentos turísticos do país registaram 10,2 milhões de hóspedes (+4%), acompanhados de 28 milhões de dormidas (+3%) e 2,5 mil milhões de euros em proveitos totais (+9%).
Apesar do crescimento relativo face a 2023, naturalmente e como se previa, já não se registam crescimentos homólogos a 2 dígitos, como no ano precedente, adianta a AHP.
O preço médio por quarto ocupado (ARR) fixou-se em 145 euros (+6%), enquanto o rendimento por quarto disponível (RevPAR) aumentou para 102 euros (+6%). A taxa de ocupação manteve-se estável nos 70%.
Os Açores tiveram o maior crescimento percentual em hóspedes e a Madeira registou a maior taxa de ocupação do país, com 84%, apesar de uma ligeira descida de -1 p.p., face a igual período de 2023. Liderou no crescimento do ARR, com um aumento de +15%, atingindo 127 euros.
No Norte o crescimento foi de 9% e de 4% de não-residentes, nos hóspedes e nas dormidas, respetivamente.
Nos mercados emissores, a América do Norte manteve o forte crescimento, os EUA subiram +9% de hóspedes e +10% nas dormidas, e o Canadá registou +12% de hóspedes e +13% nas dormidas.
A Polónia destacou-se como o mercado de maior crescimento relativo (+21% nos hóspedes e +18% nas dormidas), especialmente em regiões como a Madeira e Grande Lisboa, apesar do mercado francês continuar a ser um dos principais emissores de turistas e receitas para Portugal, atualmente o 5º e 2º mercado, respetivamente.
De acordo com a análise da AHP, e apesar da diminuição em volume, o mercado francês destacou-se pelo elevado poder de compra, gerando receitas médias de 915 euros por dormida – a mais alta entre todos os mercados emissores.
Os aeroportos portugueses movimentaram 21 milhões de passageiros (+1%), destacando-se Lisboa (9,9 milhões), Porto (4,7 milhões) e Faro (3,6 milhões).
O tráfego internacional representou 82% do total do tráfego aéreo, com aumentos significativos em destinos como os Açores, que registaram o maior aumento percentual (+15%).

Natal e Ano Novo
com pouca
ocupação

A ocupação nas unidades hoteleiras dos Açores deverá rondar os 40% no Natal e 60% na Passagem de Ano, revelou ontem a associação de hotelaria, ressalvando que aquele não é um destino tradicionalmente procurado para aquelas festividades.
“De acordo com o inquérito que a Associação de Hotelaria de Portugal fez junto dos seus associados, para o caso dos Açores estimamos, para a semana do Natal, uma taxa de ocupação a rondar os 40% e, para a semana de fim de ano, uma taxa um pouco mais elevada, a rondar os 60%”, adiantou a delegada nos Açores da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Andreia Pavão.
Segundo a responsável, estima-se que os números para este período festivo sejam “mais ou menos em linha” com o cenário que aconteceu em 2023.
Em relação aos principais mercados nessa época do ano, são o mercado nacional, Estados Unidos da América e Canadá e “algum mercado alemão, espanhol e francês”, detalhou ainda.
Andreia Pavão explicou que o Natal e Passagem de Ano são sempre períodos “mais fracos” para a hotelaria no arquipélago, embora exista sempre “um pico de ocupação” por altura da passagem de ano.
“Mas, no Inverno, em termos de sazonalidade, temos estado em linha com o ano passado e não estamos a registar crescimentos”, assinalou, explicando que “historicamente Dezembro e Janeiro” têm sido os meses em que existe “menor procura” nas unidades hoteleiras do arquipélago.
Por outro lado, Andreia Pavão constatou que “não houve uma compensação pela quebra de voos que ocorreu no final de 2023”, com a redução de voos da companhia aérea low-cost Ryanair para os Açores.
Questionada sobre a aposta em programas de animação para esta quadra festiva, a delegada nos Açores da Associação da Hotelaria de Portugal sustentou que esses planos têm sido “bastante direcionados” para o mercado interno e que têm “um efeito simpático” sobre os residentes.
Porém, “não existe uma postura pró-ativa” que permita a promoção do destino junto dos operadores “com a devida antecedência”, assinalou.
“Nós não temos sido promovidos como um destino para mercados de Natal ou um destino de fim de ano. O destino Açores não é promovido nesse sentido. Não temos muita procura como um destino forte para esta época do ano se compararmos com os nossos concorrentes”, acrescentou.
Andreia Pavão referiu que “a hotelaria tradicional” ainda se sobrepõe no número de dormidas, embora “o alojamento local represente mais do que 50% do número de camas disponíveis”, tendo em conta recentes estatísticas do Serviço Regional de Estatística (SREA).

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