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2025 – O retorno aos caminhos da Paz e da Democracia

Devido aos receios impostos por um ambiente que a pouco e pouco se tem vindo a instalar no mundo (dito) Ocidental e que, qual versão atualizada do Grande Irmão de Orwell, vai condicionando a liberdade de expressão e de opinião de muitos, contam-se apesar de tudo, entre os mais genuínos desejos para o Novo Ano da maioria dos cidadãos, onde me incluo, a melhoria das condições de vida enquanto componente económica e social fundamental da Democracia, tanto no País, como na Região, o retorno aos caminhos do Desanuviamento e da Paz no Mundo, e a reversão do acelerado incremento da extrema-direita (do ultraconservadorismo, do neofascismo, do neonazismo ou do ultraliberalismo) tanto na Europa Comunitária como no Continente Americano.
Na minha interpretação pessoal e na conjuntura mais presente, no âmbito das componentes económica e social da Democracia, vejo aqueles desejos para 2025 especialmente focados na reposição e distribuição justa dos rendimentos que têm vindo a perder-se continuamente, em particular no mundo do trabalho; no retorno à importância do investimento em meios, estruturas e pessoal nos serviços públicos, cujas carências são cada vez maiores, mais gerais, e se mostram especialmente gravosas na saúde. Na situação que atualmente se vive, só um ingénuo ou um farsante, acharia intacta e preservada a Democracia no seu todo, sem aquilo a que Sérgio Godinho, cantando, muito bem apelidou de: “…o Pão, a Habitação, Saúde, Educação…”
Mas Sérgio Godinho, na mesma canção (que nasceu logo após o 25 de Abril de 1974), como muitos se recordarão, começa antes de tudo pela “Paz”, e ela acabara de ser conquistada com o fim da Guerra Colonial e do colonialismo português. Mas, como todos os dias nos entra pelos olhos adentro, a(s) guerra(s) no mundo sucedem-se no século XXI a um ritmo alucinante, sucessivo, e nunca visto depois da última confrontação mundial. E cada vez com menos regras (malgrado estas constem de compromissos internacionais), mais cruéis, desumanas e devastadoras, e acabando por deixar de ser sequer uma guerra: “Isto é crueldade, não é uma guerra” (Papa Francisco), no caso da Palestina. A guerra Palestina/Israel acabou, de facto, por se transformar no crime de genocídio de um povo, sem defesa digna de tal nome, sem protetores válidos em parte alguma do mundo, consentido por todas as grandes potências. Segundo fonte da ONU, desde 7 de outubro de 2023, em Gaza, não incluindo as (incalculáveis) que foram morrendo de fome, de sede e de frio, além das feridas sem cuidados médicos acessíveis, que em média UMA CRIANÇA EM CADA HORA tomba (e continua a tombar sem fim à vista)varada pelo impacto mortal de uma bala ou de uma bomba cúmplice fornecida pelos EUA ou por algum país da UE e disparada ou ejetada pelo exército ou pelas IDF terroristas de Israel. Sem dúvida um desejo urgente para 2025: o retorno aos caminhos da Paz!
Toda esta evolução perigosa tanto ao nível do culto da guerra e do belicismo, sob a capa da defesa, como da perversão da democracia, no nosso mundo mais próximo ou mais distante, está intimamente correlacionada, ora como causa, ora como efeito, com a ascensão contínua, cada vez mais infiltrada e influente na área do poder político, dos movimentos e organizações partidárias neofascistas, neonazis, reacionários, chauvinistas, retrógrados, racistas ou xenófobos, os quais se vão entrelaçando sob consentimento mútuo com o neoliberalismo político/económico dominante na Europa e nos EUA, representado especialmente pelos partidos de direita, com extensões até algumas áreas que se afirmam socialistas ou sociais-democratas. Legítimo e compreensível se torna, portanto, o desejo para 2025 de, pela denúncia e ação políticas, procurar romper com estes entendimentos e tentar encontrar outros que reforcem a unidade sim, mas entre democratas e amantes da Paz.
BOM ANO de 2025 !

Mário Abrantes

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