O estudo complementar sobre a ampliação da pista do aeroporto da ilha do Pico já foi entregue ao Governo dos Açores, soube o nosso jornal.
O documento está, agora, a ser analisado pelos técnicos da Secretaria Regional dos Transportes, aguardando-se uma decisão do governo, que deverá ser anunciada em breve.
Recorde-se que o executivo de coligação, na sequência dos resultados do estudo prévio, entendeu “que deveria solicitar um estudo com definição planimétrica e altimétrica da pista, com várias configurações/extensões da pista, quer para oeste, quer para leste, ou uma conjugação de ambas, com rotação da pista, que resulte um comprimento de pista à descolagem de 2.345,0m (TORA), que permita que as aeronaves do tipo A321 Neo, A320 Neo, A320 Ceo, B737-900, B737-800 e B737-700 operem sem limitações operacionais ou limitações mínimas”.
“A decisão política do Governo dos Açores é clara e inequívoca, num compromisso firme com a ilha do Pico, mas apenas será possível materializar se forem garantidas, com rigor, as devidas condições técnicas das novas alternativas sinalizadas nos recentes trabalhos, cuja viabilidade importa analisar adequada e responsavelmente”, disse na altura o governo.
Berta Cabral disse também na altura que a ampliação da pista do aeroporto do Pico em mais 700 metros iria provocar mais “obstáculos“ do que os que existem atualmente.
O Grupo Aeroporto do Pico (GAPix) discorda das conclusões do estudo prévio para ampliação da pista e alega que uma análise detalhada ao documento comprova que a ampliação “é possível” com benefícios para a operacionalidade.
Após uma análise ao estudo, o GAPix refere que os dados “comprovam que a ampliação da pista do Aeroporto do Pico, no arquipélago e Região Autónoma dos Açores (Portugal), para Oeste em 690 metros é possível, com comprováveis benefícios para a sua operacionalidade e sem necessidade de rotação do eixo da pista”, adianta o grupo, em comunicado distribuído nesta quarta-feira, dia 18 de dezembro.
Para o GAPix, “a ampliação da pista do Aeroporto do Pico é técnica e operacionalmente possível, falta ser politicamente exequível”, alegando que os obstáculos identificados pelo executivo condicionam a operacionalidade.