O PS/Açores criticou a inoperacionalidade do bloco operatório e da consulta externa do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, devido a falhas de energia, alertando que essa situação comprova a falta de investimento adequado na requalificação desta unidade hospitalar.
“A situação verificada esta manhã é um bom exemplo de como as decisões do Conselho de Administração do HDES e do Presidente do Governo, José Manuel Bolieiro, vão influenciar os cuidados de saúde prestados no Hospital de São Miguel nos próximos anos”, afirma o partido.
“O Governo Regional decidiu gastar mais de 40 milhões de euros num hospital modular com limitações evidentes, em vez de investir na recuperação estrutural do HDES. O resultado está à vista: nove meses após o incêndio, a unidade continua sem condições plenas para servir a população, colocando em risco o acesso a cuidados de saúde essenciais”, denunciou a deputada socialista Cristina Calisto.
Para os socialistas, a falha energética que afetou equipamentos essenciais, a rede informática e a capacidade operativa do hospital, demonstra a fragilidade das infraestruturas que deveriam ter sido uma prioridade após o incêndio.
“Este é mais um bom exemplo de assuntos que devem ser esclarecidos na comissão de inquérito. Não é compreensível que nove meses após o incêndio, persistam problemas de energia no HDES”, acrescentou.
“Se o Governo tivesse apostado na requalificação imediata, hoje não estaríamos perante o risco de uma nova evacuação de doentes”, sublinhou ainda Cristina Calisto.
O PS/Açores alerta ainda para a incerteza em torno da resolução definitiva do problema, tendo em conta que a administração hospitalar já admitiu que novas falhas podem ocorrer.
“Não é admissível que o grande hospital da Região esteja sujeito a este tipo de constrangimentos e que não haja garantias de uma solução estruturada e eficaz para garantir a continuidade dos serviços”, acrescentam os socialistas.
O partido exige que o Governo Regional declare de imediato quais os passos que pretende tomar para garantir que o HDES recupere a sua plena funcionalidade, garantindo a resposta necessária aos utilizadores que dependem deste hospital.
“A saúde dos açorianos tem de estar acima de qualquer equívoco ou decisão mal planeada. A requalificação do HDES tem de ser a prioridade absoluta”, concluiu Cristina Calisto.