A secretária regional da Saúde, Mónica Seidi, e o anterior titular da pasta, Clélio Meneses, serão chamados a depor presencialmente na comissão de inquérito ao incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), nos Açores, revelou fonte parlamentar
Segundo a mesma fonte, a comissão de inquérito, criada com caráter potestativo por proposta do PSD, aprovou uma listagem de, pelo menos, 20 pessoas que serão ouvidas a propósito do incêndio de 4 de Maio, que destruiu parcialmente a maior unidade de saúde do arquipélago.
Os deputados sociais-democratas no parlamento açoriano que integram a comissão propuseram apenas cinco audições: a da presidente do Conselho de Administração do HDES à data do incêndio, Manuela Gomes de Meneses, da Ordem dos Médicos, da Ordem dos Enfermeiros, dos engenheiros Mota Vieira e Marco Ávila e do presidente da Proteção Civil nos Açores, Rui Andrade.
Já os deputados do PS apresentam uma longa lista de pessoas a ouvir, incluindo todos os administradores do HDES desde 2023, os responsáveis pelas instalações e pela manutenção do hospital e ainda os representantes das empresas que forneceram equipamentos.
Além da secretária Regional da Saúde, Mónica Seidi, e do anterior secretário, Clélio Meneses, os socialistas propuseram chamar também a depor, presencialmente, o coordenador da Polícia Judiciária e do Laboratório Regional de Engenharia Civil.
A bancada do PS na Assembleia Legislativa dos Açores junta também, no seu requerimento, os responsáveis pela acreditação do HDES, um representante da empresa que forneceu o hospital modular e ainda o engenheiro que recomendou esta solução, assim como o responsável pelo hospital da CUF nos Açores.
O Bloco de Esquerda acrescenta ao leque de audições presenciais o presidente da Comissão de Catástrofe, que geriu o processo do incêndio no hospital de Ponta Delgada.
Os trabalhos da comissão deverão arrastar-se por semanas.