Os açorianos estão a recorrer mais ao crédito ao consumo, que registou no ano passado 987,2 milhões de euros, contra os 936 milhões do ano anterior.
Trata-se de uma subida que segue a tendência nacional, segundo o Banco de Portugal (BdP), ao divulgar que em comparação com Novembro, apenas o crédito automóvel registou uma subida em Dezembro, mas o cenário é bastante distinto na comparação homóloga, com todas as rubricas a exibirem um crescimento assinalável.
Tanto o número de novos créditos, como o montante associado caíram em dezembro, exceto no caso do crédito automóvel, segundo os dados do Banco de Portugal.
Em termos homólogos, todas as rubricas registaram subidas consideráveis.
Os números mostram que, em termos globais, o montante contratado em Dezembro caiu 1,1% em comparação com Novembro, ficando em 707,8 milhões de euros – o que constitui, ainda assim, uma subida expressiva de 19,3% em termos homólogos.
Numa análise ao número de novos contratos, estes caíram 5,8% em relação ao mês anterior, mas tal traduz-se numa subida de 7,2% em comparação com igual período do ano passado.
No detalhe, tal mostra, em cadeia, uma redução de 6,3% no número de novos contratos de crédito pessoal e de 7,3% nos cartões e a descoberto, ao passo que o crédito automóvel sobe 2,9%.
Olhando para os montantes, o associado ao crédito pessoal caiu 5,2% para 288 milhões de euros, enquanto o referente aos cartões e a descoberto desce 6,6% para 119 milhões de euros. Já o montante dos crédito automóvel subiu 5,9% para 300 milhões de euros.
Ainda assim, em comparação com dezembro de 2023, todas as rubricas registam crescimentos tanto em termos de montante, como no número de contratos, à exceção do número de créditos pessoais sem finalidade específica, que recuaram 0,8%.
Entretanto, o montante total de crédito à habitação em Portugal começou o ano a crescer 4,1%.
Janeiro foi o 13.º mês consecutivo de aceleração do crescimento do stock de empréstimos para a compra de casa, num contexto de descida das taxas de juro.
Tratou-se ainda do mês de arranque da garantia pública, um regime que veio viabilizar empréstimos de até 100% do valor da transação para jovens até aos 35 anos.
Os dados do Banco de Portugal divulgados ontem mostram também que “o número de devedores de crédito à habitação, no final de Janeiro”, era de 1,98 milhões, “continuando a tendência de descida que se verifica desde julho de 2022”. É um sinal de que, com as casas mais caras, os devedores de crédito à habitação estão tendencialmente mais endividados.