Sem Deus não há verdadeira Esperança, pois todas as outras formas de esperança são limitadas e passageiras. Os projetos e desejos humanos, por muito nobres que eles sejam, encontram os seus limites na fragilidade da vida e na inevitabilidade da morte. Somente em Deus podemos encontrar uma Esperança que não se desvanece, pois Ele é eterno e incondicional.
Quando nos deparamos com a realidade da morte, a questão sobre o significado da vida e a verdadeira esperança tornam-se ineludíveis. Qual é o fim ou objetivo desta vida se, no final, tudo termina no vazio? Sem uma resposta transcendente, a vida torna-se desprovida de sentido. A fé em Jesus Cristo (Deus feito Homem) ilumina esta questão com uma Esperança que transcende o horizonte limitado da nossa existência terrena.
A salvação do ser humano não pode vir das descobertas científicas, por muito maravilhosas que elas sejam. Embora a ciência seja uma ferramenta poderosa para compreender e transformar este mundo, ela é incapaz de responder às perguntas mais profundas sobre o sentido da vida e o destino humano para além do túmulo.
A ciência pode contribuir tanto para o bem quanto para o mal do ser humano. As suas descobertas e aplicações dependem da orientação ética que lhes é dada. Sem uma ética fundamentada em valores superiores, os avanços científicos podem tornar-se verdadeiras armas de destruição e não de genuíno progresso.
Além disso, não é a ciência que resgata o ser humano de uma vida sem sentido, mas sim o amor sem condições. Um amor que não pode estar limitado pelas circunstâncias ou pelo tempo. Este amor, para ser pleno, deve ser incondicional e eterno, características que só encontramos verdadeiramente no Amor de Deus.
É este Amor divino que dá sentido à nossa existência e que nos oferece uma Esperança verdadeira e duradoura, capaz de nos sustentar diante das inevitáveis dificuldades desta vida e da realidade incontornável da morte.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria