O deputado da Iniciativa Liberal (IL) no parlamento dos Açores, Nuno Barata, criticou, ontem, a incapacidade do Governo Regional de coligação em “implementar reformas” necessárias ao desenvolvimento socioeconómico dos Açores, acusando PSD, CDS e PPM de estarem “a abrir mão dos poderes que conquistamos”, “para a centralista gestão lisboeta”.
Num Declaração Política proferida no âmbito dos trabalhos do plenário da Assembleia Legislativa deste mês de março, Nuno Barata sublinhou que “não reformar pode provocar uma estagnação económica”, “não reformar, principalmente no setor público empresarial e administrativo, provoca ineficiência administrativa”, “não reformar provoca enorme desigualdade social” e que “a falta de reformas provoca déficit orçamental”.
O Deputado da IL/Açores lamenta que os Açorianos estejam “perante um Governo Regional que não reforma e que não dá mostras de querer mudar o rumo dos Açores”, “um Governo de coligados que pretende hipotecar o futuro dos Açores com políticas despesistas de agradar a tudo e a todos”, “um governo incapaz, sem rasgo e sem soluções”, “um governo acomodado, sem coragem, sem saber como implementar mudanças estruturais para melhorar a eficiência, a justiça social, a sustentabilidade económica ou ainda a adaptabilidade a novos desafios”.
Nuno Barata considera mesmo que PSD, CDS e PPM não estavam preparados para governar a Região, frisando que aqueles 3 partidos, “um que esteve 24 anos na oposição, outros 2 que nunca de lá saíram”, mas que, “apesar da longevidade, nunca pensaram em soluções governativas para esta Região. Essa falta de soluções explica bem por que razão estiveram tanto tempo na oposição e por que razão, passados 4 anos de Governo, milhões do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) e restantes fundos, foram incapazes de fazer reformas”.
Os liberais encontram “uma meia dúzia as razões” que justificam a incapacidade reformadora da governação da coligação, apontando “resistência política”, ou seja, “medo de perder apoio popular ou enfrentar a oposição”; “burocracia e inércia institucional”, através da manutenção de “processos administrativos lentos e complexos” e “falta de consenso”, verificada pela “divergência de interesses entre diferentes grupos sociais ou políticos que compõem, não só o governo, como também as suas bases de apoio”.
Nuno Barata diz que “estamos a assistir a um crescimento económico assente num único sector, cujo crescimento conjuntural não depende de qualquer medida governativa, a não ser a promoção e a notoriedade do destino.Por isso, não reformar pode provocar uma estagnação económica por falta de competitividade e inovação”.
Por fim, sublinhou Nuno Barata, “importa referir que a falta de reformas provoca déficit orçamental”,