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Duarte Freitas acusa PS de se radicalizar

O Secretário das Finanças do Governo dos Açores acusou o PS de radicalismo e de ter deixado “buracos” nas finanças da região, defendendo que as privatizações anunciadas pelo executivo servem para dar “impulso” à economia privada.
“O que começa a ficar insustentável é o PREC do PS. O PS está num processo de radicalização em curso (…). O que nós pretendemos, no caso concreto do novo impulso das privatizações, é dar lugar à iniciativa privada relativamente àquilo em que tem apetência”, afirmou Duarte Freitas aos jornalistas.
No Domingo, o líder dos socialistas açorianos manifestou-se contra privatizações de empresas públicas na região para “pagar buracos” e favorecer grupos económicos que procuram ser “dominantes no mercado”.
Na reação, Duarte Freitas criticou a “herança” deixada pelo PS, que governou a região de 1996 a 2020, afirmando que “só na saúde foram mil milhões de euros de buraco” financeiro.
“Se fosse para pagar buracos já tinham sido feitas [as privatizações], porque os buracos nós herdamos das governações socialistas”, reforçou o governante.
O secretário regional acusou o maior partido da oposição de defender o “coletivismo” e ter um “discurso exatamente igual” ao do BE, enaltecendo os indicadores económicos e sociais da região, como a “maior população empregada da história” e a redução da taxa de abandono precoce de educação.
“Este novo perfil da economia dos Açores depende cada vez menos do Orçamento regional e cada vez mais da dinâmica do tecido empresarial. É isso que nos deixa extremamente satisfeitos e é isso que não agrada ao PS e ao BE”, insistiu.

PS responde a Freitas

Entretanto, o PS respondeu, com Carlos Silva a lamentar que o Secretário Regional das Finanças, Duarte Freitas, não divulgue os prejuízos recorde do grupo SATA, quatro anos depois do início de um processo de reestruturação, “que injetou 453 milhões de euros na companhia, mas gerou 200 milhões de prejuízos”.
Para o socialista, membro do Secretariado Regional do PS/Açores, é ainda de lamentar a situação insustentável a que as finanças públicas regionais estão a chegar, pela mão deste Governo, “quando é o próprio executivo a admitir não ter dinheiro para pagar compromissos assumidos”, ou até mesmo o Presidente do Governo a assumir “que não consegue fazer a manutenção de infraestruturas”.
“O importante era que o Secretário Regional das Finanças tivesse aproveitado a oportunidade para dar a conhecer os resultados do grupo SATA em 2024, com prejuízos recorde e com desvios significativos face ao plano de reestruturação, que continua a esconder dos Açorianos”, defendeu o socialista, para acrescentar ser igualmente necessária a divulgação de informação sobre o processo de privatização do grupo SATA.
De acordo com o dirigente socialista, este processo arrasta-se há dois anos e está a ser conduzido de forma “amadora e pouco transparente”.
Para Carlos Silva, não basta vir anunciar um novo estudo sobre um plano de privatizações, quando “têm sido tomadas medidas avulso e até encerrado entidades que deixaram um vazio na prestação de serviços públicos”, ou que o Governo, na sua ânsia de satisfazer o Chega, “fale em privatizar o IAMA, a Lotaçor, o Teatro Micaelense, a Portos dos Açores, só para citar alguns exemplos, e não explique como, nem como ficarão assegurados os serviços públicos prestados por essas entidades, em setores que enfrentam já grandes dificuldades”.

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