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O Trumpa(lhão)

Trump antes e depois de ganhar as eleições e tomar posse no lugar de presidente foi afirmando que se tivesse sido com ele não se teria iniciado a guerra na Ucrânia, criticando a governação de Biden, e que a partir da sua entrada em funções e em pouquíssimos dias iria acabar com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Nada disso aconteceu e Trump que se achou e acha o dono disto tudo, significando isto tentar mandar noutros países independentes e continuamente fazendo afirmações com o seu contraditório no tempo imediato, continua a sentir-se como o “reizinho do mundo” ficando todos os democratas legalmente eleitos, de em outros países, de boca aberta e aceitando o que ele diz, quer e pensa que manda e consegue.
Felizmente que para além de termos outros governantes, muitos dos quais são verdadeiros líderes, não estamos a beijar-lhe o “assento” como ele diz que todos fazem por temerem o seu poder.
Estamos perante um presidente único de uma potência mundial, que quando comparado com todos os antecessores, não passa de um trapalhão, um remendão ou mesmo um embusteiro ou aldrabão.
Extraordinária é a percentagem de cidadãos americanos que seguem sem qualquer razão lógica Trump e conseguiram a sua eleição pelo partido republicano, existindo outros que engolem a custo e de certo inconscientemente senão tudo mas grande parte destes devaneios.
Os ataques verbais aos territórios de outros países, como por exemplo o querer anexar o Canadá, a Gronelândia – parte autónoma da Dinamarca que integra a NATO – ou o Canal do Panamá e as terras mais ricas da Ucrânia ou a “criação” de uma Reviera na facha de Gaza, são ideias de quem é louco e sente que pode afirmar impunemente o que a sua pobríssima inteligência lhe permite.
Nem sequer se apercebe que tal não só pode ser a justificação para o que Putin fez com a invasão da Ucrânia como igualmente dá força para que a China se ache no direito de fazer exercícios militares na zona marítima e potenciar a invasão de Taiwan.
Mas é a mesma China que lhe mostra quão pequeno é este anedótico *presidente-rei”, com súbditos diretos que são verdadeiros mentecaptos, muitos dos quais vão enriquecendo nas suas atividades privadas a seu lado.
Assim a China, causando um enorme rombo na atividade da Boeing, empresa americana, decidiu anular cerca de um pouco mais de uma centena de contratos para aquisição de aviões por diversas companhias tendo mesmo devolvido unidades que já se encontravam no seu território.
Também a Shein e Temu, grandes empresas de comércio principalmente eletrónico, irão aumentar os seus preços na próxima sexta-feira. Apenas de salientar, para quem não conhece, que entram diariamente nos Estados Unidos 4 milhões de encomendas.
Embora não se saiba ainda qual o valor percentual a acrescentar nos preços, uma coisas é certa: durante os cinco dias que faltam para esta variação de preços a tendência dos americanos será para adquirirem muito e permitir um ótimo negócio para a China.
Por outro lado cerca de 31% e 19% da publicidade da Temu e Shein, respetivamente, deixará de ser feita quer na Amazônia quer no Youtube, com as consequências inevitáveis para estás empresas. Também a DHL em sinal de protesto se recusa a entregar encomendas quando as mesmas ultrapassem um determinado volume médio em tamanho.
São no entretanto numerosas e diárias as manifestações contra a governação de Trump, referindo as pessoas como causa primeira a inflação, a perda de direitos na aquisição de medicamentos e a degradação das escolas e universidades públicas.
No caso da dívida pública americana está continua nos 124% do Pib e o país vive na expetativa de que a China não torne a vender parte da mesma – já vendeu 55 mil milhões de dólares com consequências na descida do seu valor e subida nos juros – detendo ainda cerca de 650 milhões da mesma.
Acresce a tudo isto que o presidente do FED, Jerome Powell, apesar das numerosas exigências de Trump, se continua a recusar baixar a taxa de juro.
Esta e muitas mais trapalhadas foram feitas em pouco mais de 100 dias por Trump, o denominado período de graça de qualquer novo governo, faltando cerca de dezoito meses para as eleições intercalares.
A pergunta que se nos coloca é: como estará a América ao fim deste tempo? Sinceramente não espero qualquer melhoria, antes porém.

J. Rosa Nunes
Prof. Doutor

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