O Vice-Presidente do Governo dos Açores, Artur Lima, reuniu-se com a Direcção-geral da Mobilidade e dos Transportes (DG MOVE) e com a Direcção-geral da Política Regional e Urbana (DG REGIO), com o objectivo de defender e promover, as necessidades da Região junto Comissão Europeia, em linha com o já efectuado em encontro com a DG MARE, a 19 de Maio.
Na reunião tida com a DG MOVE em Bruxelas, Artur Lima explanou o paradigma que se vive nos Açores no que diz respeito aos transportes, em especial no sector marítimo.
“De Santa Maria ao Corvo distam mais de 600 km; este afastamento das ilhas faz com que haja na Região uma dupla ultraperiferia”, realçou, salientado: “nos Açores, o mar é a nossa ferrovia”.
Durante o encontro com esta unidade do executivo europeu, destacou-se que as estruturas portuárias e aeroportuárias de todas as ilhas constam já da nova versão da política de rede transeuropeia de transportes (RTE-T).
No que diz respeito à reunião com a DG REGIO, foi colocada ênfase nas perspectivas dos Açores para o próximo Quadro Financeiro Plurianal (QFP), tendo sido abordadas as linhas prioritárias defendidas pela Região.
“O próximo QFA deverá diligenciar um apoio reforçado e direccionado para promover o investimento nas novas economias emergentes da Região Autónoma dos Açores” sublinhou o Vice-Presidente.
“A economia azul, a economia espacial e as novas tecnologias de comunicação representam áreas-chave para o desenvolvimento sustentável e para a criação de novos empregos, inovação e crescimento económico”, prosseguiu.
Artur Lima reiterou que o “próximo QFP deverá, não só promover a construção de novas infra-estruturas necessárias, mas também o financiamento para a reabilitação, requalificação e redimensionamento das infra-estruturas existentes, optimizando os recursos e dando resposta às necessidades de manutenção e modernização”.
A série de reuniões tidas pelo Vice-Presidente do Governo assumem particular relevância num momento que antecede a apresentação do próximo Quadro Financeiro Plurianal da União Europeia.
“É fundamental que os Açores mantenham uma presença constante junto das instituições europeias, de modo a garantir que as justas e reais necessidades da ultraperiferia sejam devidamente reconhecidas”, defende Artur Lima.