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Os políticos e a passadeira rolante…

O título desta crónica vai-vos parecer um pouco metafórico, ou quiçá, irão pensar, que me vou referir à passadeira rolante da descida para as partidas no aeroporto das Lajes, avariada por mais de um mês, pelo que me dizem a funcionar no momento, mas com algumas dúvidas sobre até quando…
Os políticos e a passadeira rolante, é sim, uma contestação àqueles jovens que saem das universidades, inscrevem-se nas “JOTAS” e encarnam a política como modo de vida mais apelativo… Ao contrário de outras artes ou profissões, que sobem lentamente pelas escadas até atingirem os seus objetivos. Levam mais tempo do que aqueles que sobem pela ESCADA ROLANTE, mas adquirem conhecimentos, capacidade de discernir e decidir com competência. Atingem aquilo a costumamos chamar de experiência de vida!
Para mal do nosso país e das nossas instituições, estes que sobem pelas escadarias, são quase sempre preteridos em favor dos JOTAS das rolantes, que rapidamente conseguem atingir postos de relevância política, tais como deputados, governantes, diretores de empresas públicas e com subidas de carreira, de causar inveja aos que rodam à sua volta…
Não é por acaso que temos as Casas da Democracia, tanto na República como nas Regiões Autónomas, desacreditadas por grande parte da população portuguesa. Isto porque vislumbram nas mesmas, falta de participação concreta nos problemas do país, enveredarem por discussões, que não têm outro objetivo senão o seu ego e, até mesmo, alguma falta de civismo nas interpelações, tudo isto proveniente da inexperiência política e do desconhecimento da vida real…
Olhamos para esta gente e perguntamos com alguma tristeza: Onde estão os futuros estadistas para governarem Portugal? Podemos encontra-los sim, nas empresas privadas. Os tais que subiram degrau a degrau, conheceram as dificuldades, enfrentaram os temporais da inconsistência dos tempos… ganharam resiliência, capacidade de intervenção, formalização de caráter digno de reconhecimento!
Ao longo dos séculos vamos percebendo que nada é definitivo. Por isso acredito que esta geração dos JOTAS das escadas rolantes tem os seus anos contados, senão mesmo os meses ou dias… A globalização mundial vai acabar por atingir Portugal Continental e as Regiões Autónomas no seu todo, e aí, a sua sobrevivência vai ter de se reencontrar na competência e na capacidade de gerir! Naqueles que suaram a subir degraus…

Victor Silva Fernandes *

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