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Açores registam a segunda mais alta taxa de sobrelotação da habitação em 2024

Os Açores destacam-se negativamente no panorama nacional no que respeita às condições de habitação em 2024, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no âmbito do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (ICOR).
A Região Autónoma registou a segunda mais alta taxa de sobrelotação da habitação, com 16,2% da população a viver em casas com espaço insuficiente, muito acima da média nacional de 11,2%.
A situação é ainda mais crítica quando se observam os indicadores de privação severa das condições habitacionais. Nos Açores, 9,5% da população vive em habitações sobrelotadas que, simultaneamente, apresentam problemas como infiltrações, humidade, degradação estrutural ou ausência de luz natural suficiente. Trata-se da segunda taxa mais elevada do país, logo a seguir à Madeira (10,3%), e quase o dobro da média nacional (4,9%).
A dificuldade em garantir conforto térmico nas habitações é outro factor preocupante. Nos Açores, 33% da população reporta incapacidade para manter a casa adequadamente quente no inverno, e 35% afirma viver em casas que não são frescas no verão. Estes valores estão entre os mais elevados do país e revelam um cenário de vulnerabilidade acrescida perante fenómenos climáticos extremos e pobreza energética.
Ainda que a carga mediana das despesas em habitação nos Açores (10,8%) esteja ligeiramente abaixo da média nacional (12,0%), a taxa de sobrecarga das despesas em habitação — ou seja, a percentagem da população que gasta mais de 40% do seu rendimento disponível em habitação — é significativa. Embora abaixo de regiões como Lisboa ou Algarve, 4,6% da população açoriana encontra-se nessa condição, valor que sobe drasticamente entre a população em risco de pobreza, em que 25,9% enfrenta este tipo de sobrecarga a nível nacional.
Os dados evidenciam ainda que as famílias com crianças dependentes nos Açores vivem em condições habitacionais mais precárias do que os agregados sem crianças. A nível nacional, estas famílias enfrentam uma taxa de sobrelotação (18,8%) e de privação severa (8,2%) quatro vezes superior às dos agregados familiares sem crianças.
Apesar dos problemas identificados, 94% dos agregados familiares portugueses afirmaram estar satisfeitos ou muito satisfeitos com a sua habitação.

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