Açores abaixo da média nacional no rácio de farmacêuticos por mil habitantes

A propósito do Dia Internacional do Farmacêutico que se comemorou ontem, dia 25 de setembro, foram revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pela Ordem dos Farmacêuticos dados que caracterizam um sector em expansão e crescente feminização.
Em 2024, estavam inscritos 17.101 farmacêuticos no ativo, mais do dobro de 2002, e existiam 3.123 farmácias e postos farmacêuticos móveis em todo o país. O número de profissionais por habitante fixou-se em 1,6 por mil, com maior concentração na Região de Coimbra e na Grande Lisboa (2,4 por mil em ambos os casos).
As mulheres representam 79,6% da classe e a relação de masculinidade é de 25,7 por 100 profissionais do sexo feminino. Em 2023 diplomaram-se 941 novos farmacêuticos (8,90 por 100 mil habitantes), quase o dobro da média europeia (4,53).
A análise territorial confirma disparidades: além de Coimbra e Lisboa, outras sub-regiões do Centro e Norte (como Viseu Dão Lafões e a Área Metropolitana do Porto) superam a média nacional, enquanto o Ave, o Tâmega e Sousa e terras de Trás-os-Montes se situam nos patamares mais baixos de dotação relativa. No retalho, o parque de estabelecimentos tem crescido de forma sustentada desde 1990. Sobretudo à custa do aumento de farmácias e da redução de postos móveis e, em 2024, a dotação de farmácias e postos por mil habitantes foi mais elevada nas sub-regiões do Alentejo, mantendo-se a média nacional em 0,3.
Nos Açores o rácio de farmacêuticos encontra-se abaixo do país e a densidade de farmácias em linha com a média nacional.
O rácio de farmacêuticos por 1.000 habitantes surge abaixo da média nacional (1,6), colocando os Açores no grupo de territórios com menor dotação relativa quando comparada com os principais centros urbanos e algumas sub-regiões do interior centro-norte
Já a densidade de farmácias e postos farmacêuticos móveis por 1.000 habitantes aparece alinhada com a média do país, num contexto em que a cobertura insular depende tanto da distribuição demográfica como das exigências logísticas de um arquipélago de nove ilhas.