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Nem todos os divórcios acabam em …

Todos nós conhecemos alguém que se divorciou, sejam amigos, familiares ou até nós próprios. Mas apesar da aparente banalização sobre o tema do divórcio/separação, não podemos ignorar o impacto significativo que este acontecimento tem, seja para o casal, filhos ou até mesmo para os familiares, todos sofrem com esta mudança que tem efeitos a vários níveis: emocional, psicológico, financeiro, legal, quotidiano, etc.
Normalmente, uma das maiores preocupações de um casal que se divorcia é o impacto que este processo terá nos filhos, caso existam. Quando confrontados com o divórcio dos pais, um dosfatores que causa mais ansiedade aos filhos é a incerteza quanto às mudanças que vão ocorrer, pelo que é importante que os pais lhes expliquem o que irá mudar concretamente: onde irão viver, com quem, quando vão estar com o pai e com a mãe, se permanecem na mesma escola…
O pai e a mãe devem mostrar-se disponíveis para conversar sobre dúvidas e questões que os filhos tenham, devendo existir discursos semelhantes por parte de ambos os pais.
As reações típicas das crianças ao divórcio variam consoante a idade e podem incluir: negação, tristeza, vergonha, raiva, hostilidade, sentimentos de abandono, problemas de comportamento na escola, imaturidade/hipermaturidade e desejo de reconciliação.
Isto não significa que todos os filhos de casais divorciados ou separados fiquem traumatizados ou tenham consequências negativas para toda a vida! Trata-se de um processo normal e adaptativo a uma nova realidade que é difícil, mas normalmente é transitória. Os estudos mostram que, após um período que pode durar entre um e dois anos, a maior parte das crianças adapta-se bem à nova dinâmica familiar.
O real perigo de um divórcio, não é o divórcio em si, mas a existência de conflitos entre os pais.
Uma criança ou jovem que passa por um divórcio em que existem discussões, acusações e ameaças entre os pais ou entre familiares, que ouve os pais falarem mal um do outro, que não pode conviver com um deles, sofrerá muito mais do que uma criança ou jovem em que os pais se separam, mas permanecem presentes na vida diária e são capazes de conversar e decidir em conjunto as questões relativas aos filhos.
Pode ser difícil, mas é possível! E por isso mesmo, nem todos os divórcios acabam em drama, tragédia e trauma para os filhos, felizmente a maioria dos casais consegue ter um divórcio saudável e pacífico.
Fique bem, pela sua saúde e a de todos os Açorianos!
Um conselho da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses

Carolina Teves*

*Psicóloga Clínica Sistémicano Centro de Terapia Familiar
e Intervenção Sistémica
Mediadora Familiar

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