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Sérgio Rezendes anuncia “liberdade criativa como espírito de Ponta Delgada – Capital Portuguesa da Cultura”

“Nós valorizamos o espaço, a liberdade criativa e a capacidade de reinterpretação dos artistas, visando integrar as nossas tradições e património material e imaterial! É essa a leitura desta administração e é esse, o espírito de Ponta Delgada – Capital Portuguesa da Cultura”, anunciou o vereador da Câmara Municipal Sérgio Rezendes.
O responsável autárquico falava no âmbito da inauguração da exposição “Os Visitantes” de Sara Azad, patente no Centro Municipal de Cultura até 30 de Outubro, dando “continuidade a uma narrativa iniciada em 1926, pelo pintor micaelense Domingos Rebêlo, a qual tem vindo a inspirar vários artistas ao longo dos tempos”.
Na ocasião, Sérgio Rezendes fez questão de abordar a pertinência da temática escolhida pela artista, definindo-a como uma marca cultural, “se há um tema que sempre identificamos e trabalhamos nos Açores, foi a perspectiva da terra e do mar, de quem embarca e desembarca, de quem chega e de quem parte. Uma circunstância que remonta às descobertas e que se moldou à nossa identidade cultural, reconstruindo-se ao longo da história intergeracional açoriana, adquirindo novas nuances à medida que se actualiza, articulando-se com o quotidiano e a memória colectiva”.
O vereador com a tutela da área cultural partilhou também a crença de que esta exposição contribui para a dinamização cultural o concelho, até mesmo por estar inserida nas iniciativas que assinalam os 50 anos da morte do pintor Domingos Rebelo, podendo “ser utilizada de forma brilhante pelos futuros investigadores, dado documentar a história moderna de Ponta Delgada na visão das novas gerações, apropriando-se de forma crítica e humorada da história da aviação, da moda, da migração, das comunicações ou das acessibilidades”.
Sara Azad nasceu na ilha de São Miguel em 1990 e decidiu que já era tempo de fazer a sua reinterpretação da “obra ‘Os Emigrantes’ de Domingos Rebelo, que assinala no próximo ano 100 anos”.
Trazendo a público esta “pequena intervenção, que apresenta uma perspectiva muito pessoal”, a artista micaelense explica “que este projecto vai ao encontro do seu percurso artístico nos últimos 5 anos e foca-se no quotidiano micaelense e as suas características e problemáticas, algumas delas mais visíveis e outras que só são entendias por quem percorre e vive Ponta Delgada”.
Neste projecto é apresentado “um cenário imaginado dos que partem para o continente americano, na nossa companhia aérea, para visitarem os seus familiares. Devido ao atraso de um voo, todos esperam na expectativa que o tempo melhore. Agarrados aos seus smartphones, enviam mensagens de voz e realizam videochamadas com as suas famílias e amigos”.
“O tik tok, que entretém e apodera-se das gerações mais novas, passando pela realidade a que nos vamos habituando, marcada pelo consumo de drogas sintéticas, que tanto incomoda os transeuntes. O consumismo, o lixo dos take away atirados para qualquer canto na ilha de São Miguel, assim como outros elementos que nos fazem reflectir sobre a região em que vivemos e onde nascemos. É, assim, remodelada a paisagem em torno dos personagens em destaque da obra Os Emigrantes, quase 100 anos depois da sua criação. A paisagem transforma-se e a mulher do capote cede o seu lugar às demandas da globalização”, avança o texto de apresentação desta exposição.

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