O boletim mensal do Açores 2030 referente a setembro identifica que, às 533 operações aprovadas correspondem cerca de 337,2 milhões de euros de fundo comprometido. A taxa de compromisso fixou-se nos 29,9% (que aumenta para 36,0% no FEDER, enquanto o FSE+ regista 20,0%).
A prioridade relativa à competitividade, investigação, desenvolvimento e inovação apresenta o maior contributo para o número de operações aprovadas, sendo igualmente o que regista maior volume de fundo aprovado (92,4 M€, com destaque também para a prioridade da Energia, Ação Climática e Sustentabilidade (com 81,7 M€ de fundo comprometido).
A taxa de execução do programa fixou-se nos 10,3%, fruto de uma execução de 117,9 M€. A análise por fundo mostra também uma execução superior no FEDER (12,4%) face ao FSE+ (7,4%).
Além da prioridade relativa ao apoio específico para as RUP, destacam-se, em termos de execução, as prioridades relativas ao Apoio aos Jovens (com 21,3M€ executados), Energia, Ação Climática e Sustentabilidade (14,3M€) e a Qualificação e Emprego (10,9M€).
A evolução do fundo pago acompanhou a performance positiva da execução, aumentando cerca de 16,1M€, com o valor dos pagamentos a atingir os 112,6M€. A este nível, destacam-se igualmente as prioridades relativas ao Apoio aos Jovens e Qualificação e Emprego, responsáveis por, respetivamente, 20,8M€ e 15,3M€ pagos, além do valor específico relacionado com os sobrecustos das RUP cujo volume de pagamentos alcançou os 51,6M€.
Destaque ainda para os 4 novos avisos de concurso publicados pelo Açores 2030 em agosto, que permitiram colocar a concurso mais 43M€, alcançando os 582,7 milhões de euros de fundo disponível desde o início da sua operacionalização.
No retrato por prioridades, a Competitividade, Investigação, Desenvolvimento e Inovação lidera o volume de operações e de fundo aprovado — 438 projetos e 92,4 milhões de euros —, mas com execução ainda baixa (7,9% do fundo aprovado). Já a Energia, Ação Climática e Sustentabilidade, apesar de somar apenas 31 projetos, concentra 81,7 milhões em fundo aprovado e apresenta execução intermédia (17,5%). A Qualificação e Emprego regista 64,9 milhões aprovados e execução de 16,7%.
O motor da absorção em setembro esteve, porém, no Apoio Específico às RUP e no Apoio aos Jovens. O primeiro exibe execução integral do fundo aprovado (58,1 milhões: 100%), ao passo que o segundo apresenta 23,1 milhões aprovados e uma execução muito elevada (92,1%).
Em conjunto, estes dois eixos explicam cerca de dois terços da execução do mês: 49,3% atribuível às RUP e 18,0% ao Apoio aos Jovens. Saúde e Inclusão Social (execução de 33,9%) e Assistência Técnica (84,0%) também mostram boa cadência, enquanto Valorização Económica e Social no Território e Acessibilidades permanecem praticamente sem execução, apesar de dotações aprovadas.
Em termos de pipeline, o programa contabiliza 52 avisos lançados, com 13 avisos abertos e uma dotação disponível de 84,5 milhões de euros; no conjunto, os fundos a concurso somam os 582,7 milhões.
O contraste entre a forte dinâmica de avisos e a execução ainda assimétrica sugere que a aceleração das obras e dos projetos mais complexos — concentrados nas áreas de Competitividade e Energia — será determinante para converter compromissos em pagamentos efetivos nos próximos meses.
