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Tempos médios de chegada ao doente foram de 11 minutos e 48 segundos nas ocorrências de prioridade máxima

O Governo Regional dos Açores respondeu ao Requerimento n.º 409/XIII do grupo parlamentar do Chega, detalhando, pela primeira vez, os tempos de resposta da emergência médica com base num sistema único de medição em toda a Região, em vigor desde janeiro de 2025.
A mudança cumpriu recomendações do relatório n.º 09/2024 do Tribunal de Contas e permite monitorizar, de forma contínua, o chamado Tempo de Gestão de Emergência (TGE), desde o momento da chamada à Linha 112 até à chegada do primeiro meio de socorro ao local, com desagregação por corporação de bombeiros e por prioridade clínica.
Os dados do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) mostram que, entre janeiro e setembro de 2025, os tempos médios de chegada ao doente foram de 11 minutos e 48 segundos nas ocorrências de prioridade A (emergente), 15m11s na prioridade B (urgente), 17m41s na prioridade C (pouco urgente) e 21m27s na prioridade D (não urgente).
Face aos tempos de referência do Sistema de Triagem Telefónica e Aconselhamento de Manchester (8, 18, 40 e 120 minutos, respetivamente), o desvio é de +3m48s na prioridade A e de – 2m49s, – 22m19s e – 98m33s nas prioridades B, C e D, isto é, dentro do objetivo para as três últimas e acima do alvo na mais crítica.
O próprio relatório sublinha que a prioridade A é a mais sensível a fatores de distância e acessibilidade.
No plano nacional, apenas a Região Autónoma dos Açores segue formalmente estes padrões internacionais do método de Manchester. Em paralelo, vigora o objetivo operacional do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de chegada ao local até 15 minutos em áreas urbanas e 30 minutos em zonas rurais nas ocorrências urgentes (A e B).
A atividade está concentrada nas prioridades intermédias: 47,7% das ocorrências foram de prioridade B, 30,9% de prioridade C, 10,7% de prioridade A e 8,3% de prioridade D.
Em 1,8% dos casos os cidadãos deslocaram-se por meios próprios (categoria MP).
A leitura por ilhas e por corporações (Associações de Bombeiros Voluntários, AHBV) evidencia diferenças relevantes coerentes com a dispersão geográfica e a densidade populacional do arquipélago: a AHBV da Graciosa apresenta tempos particularmente baixos (9m02s em A; 10m13s em B), enquanto no concelho de Ponta Delgada a prioridade D regista 32m01s em média.
No Nordeste, a prioridade D fixa-se em 26m30s e na Povoação a prioridade A atinge 19m27s.
Já Angra do Heroísmo apresenta 12m43s (A), 15m10s (B), 18m01s (C) e 17m41s (D); a Praia da Vitória 11m54s (A), 15m10s (B), 15m15s (C) e 15m36s (D); e o Faial 11m54s (A), 14m15s (B), 15m31s (C) e 16m17s (D).
Em volume, São Miguel concentrou 13.619 atendimentos da Linha de Emergência Médica (LEM) nos primeiros nove meses de 2025, seguindo-se a Terceira, com 5.545 ocorrências.
Quanto aos meios diferenciados, o número de ativações das equipas de Suporte Imediato de Vida (SIV) evidencia a pressão maior em Ponta Delgada (786 ativações no período), Praia da Vitória (657), Ribeira Grande (448), Terceira/Angra (334), Faial (128) e Pico (105).
O Governo clarifica, por outro lado, que todas as ocorrências ficam integralmente registadas em plataforma própria, incluindo hora de entrada da chamada, triagem, despacho e fecho, com registos clínicos e operacionais.
O circuito inicia-se no 112, atendido e registado pelo Ministério da Administração Interna através da Polícia de Segurança Pública (PSP) e só depois a chamada é encaminhada para a Linha de Emergência Médica (LEM), sob gestão do SRPCBA.
No capítulo dos recursos humanos, a LEM funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, com turnos de oito horas assegurados por 17 enfermeiros
Em ausências temporárias (licenças de parentalidade ou baixas médicas), o serviço recorre a contratações em regime de prestação de serviços para manter a operacionalidade.

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