Pedro Nascimento Cabral, Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, assegurou na terça-feira que o mandato 2025-2029 será novamente pautado pela estabilidade, rigor e proximidade com todos os cidadãos e instituições do concelho.
“A Câmara Municipal é, e continuará a ser, um pilar de estabilidade, de proximidade e de confiança com todos os cidadãos, actuando sempre com rigor, transparência e sentido de missão de “Servir Ponta Delgada”, afirmou.
Pedro Nascimento Cabral, reeleito nas eleições autárquicas de 12 de Outubro, falava durante a cerimónia de instalação dos órgãos municipais de Ponta Delgada, que se realizou no Coliseu Micaelense.
Na sua intervenção, o Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada reforçou que os próximos quatro anos serão marcados pelo mesmo “compromisso com os cidadãos, transparência na gestão, eficácia na execução e justiça social nas decisões”.
“Queremos um município moderno, digital, sustentável e humano. Um município que saiba ouvir, dialogar e responder. Um município que promova o desenvolvimento económico sem esquecer o desenvolvimento social”, acentuou, dando nota da visão que norteará a acção do executivo camarário, do qual fazem também parte Pedro Furtado e Cristina Canto Tavares.
Pedro Nascimento Cabral salientou que o actual quadro executivo distingue-se pela sua “integridade” e “verdadeira missão de serviço público”, tendo por base “um projecto político inclusivo e estratégico”, concebido para assegurar que as 24 freguesias do concelho de Ponta Delgada se desenvolvem de “forma justa e equitativa”.
Assim sendo, e convicto de que “a proximidade é a primeira forma de concretizar políticas efectivamente eficientes”, o autarca adiantou que irá renovar os contratos interadministrativos, mantendo a transferência recorde de três milhões de euros para as 24 Juntas de Freguesia.
Posteriormente, reiterou que a Habitação continuará a ser uma prioridade estratégica no novo mandato, pelo que serão criadas 200 novas respostas habitacionais, para além das 102 que estão actualmente a ser disponibilizadas e construídas no município.
“Vamos desenvolver todos os procedimentos para apresentarmos no próximo mandato cerca de 200 soluções habitacionais, que passarão pela construção pela própria Câmara Municipal de projectos habitacionais não contemplados no PRR pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana”, indicou Pedro Nascimento Cabral.
No plano económico, o Município vai continuar a adoptar uma “estratégia fiscal equilibrada, justa e promotora do investimento”, seguindo a linha do último mandato onde se apostou numa “carga fiscal municipal reduzida” para aumentar o rendimento disponível das pessoas, famílias e empresas.
“Esta política de baixos impostos, juntamente com outros programas como o REVIVA, vão continuar a permitir disponibilizar cerca de 8 milhões de euros por ano na economia de Ponta Delgada, promovendo o desenvolvimento do concelho, sem comprometer a sustentabilidade financeira do Município”, frisou.
A segurança e a mobilidade urbana manter-se-ão como eixos estratégicos da acção governativa nos próximos anos, garantiu Pedro Nascimento Cabral.
Como tal, começou por avançar que, no domínio da segurança, pretende dotar a Polícia Municipal de armas eléctricas e também instalar câmaras de videovigilância nos parques de estacionamento públicos municipais.
Já quanto à mobilidade, destacou o alargamento da rede minibus às freguesias de Relva, Arrifes, Fajã de Baixo, Fajã de Cima, e, sazonalmente, às zonas balneares de São Roque e Livramento, assim como o projecto de concepção, construção e exploração da segunda fase do parque de estacionamento da Avenida Infante D. Henrique, com capacidade para 300 viaturas.
E prosseguiu: “continuaremos a defender o projecto de construção de uma central de camionagem e parque de estacionamento numa parte nos antigos “terrenos da Sinaga”, que, pela sua dimensão e localização, evidenciam o modo mais eficaz de termos uma verdadeira mobilidade sustentável, assente numa plataforma simples, prática e atractiva para as pessoas Assim, vamos continuar a promover modos suaves de transporte e incentivar o uso racional do automóvel”, acrescentou Pedro Nascimento Cabral.
A Educação será “pilar fundamental” do projecto dos próximos quatro anos, razão pela qual estão a ser investidos 14 milhões de euros nos projectos e construção de quatro novas escolas na Fajã de Cima, Capelas, São Vicente Ferreira e Fenais da Luz. Tão importantes, serão os investimentos projectados para o Desporto, designadamente a construção de um novo campo de futebol e de um pavilhão multiusos no município.
Pedro Nascimento Cabral aproveitou, ainda, a ocasião para lembrar que, em 2026, Ponta Delgada será Capital Portuguesa da Cultura, oportunidade para afirmar e divulgar o trabalho dos agentes culturais das 24 freguesias, projectando a identidade e a criatividade de todo o Concelho.
Do mesmo modo, realçou, será dada “prioridade a uma política verdadeiramente democrática no acesso à cultura por parte dos nossos concidadãos, com óbvio destaque na entrada para esta magnífica sala de espectáculos que é o Coliseu Micaelense”.
Além do Presidente e dos vereadores eleitos a 12 de Outubro, tomaram também posse os deputados municipais eleitos para a Assembleia Municipal de Ponta Delgada.
Foram ainda empossados, na qualidade de deputados municipais por inerência, os Presidentes de Juntas de Freguesia eleitos no mesmo ato eleitoral.
Rui Melo reafirma compromisso
do PS em trabalhar por um
concelho mais justo e com futuro
Na mesma ocasião, Rui Melo, vereador do Partido Socialista à Câmara de Ponta Delgada, destaco a disponibilidade do PS para construir pontes e estabelecer parcerias em torno de soluções que sirvam o interesse das pessoas e o futuro do concelho.
“Antes de mais, quero felicitar todos os eleitos e desejar-lhes o maior sucesso no desempenho das suas funções”, começou por dizer, sublinhando que o Partido Socialista assume esta nova etapa com sentido de responsabilidade e com vontade de contribuir positivamente para o desenvolvimento do município.
O vereador socialista, que falava à margem da tomada de posse do novo executivo camarário, afirmou que a posição do PS será a de “construir pontes com o intuito de estabelecer parcerias onde possamos aprovar projectos que sejam do interesse das pessoas. Esse é o principal foco”.
Recordando a nova correlação de forças no executivo camarário, o socialista, que tomou hoje posse conjuntamente com a Vereadora Célia Pereira, salientou que “o PS passou a assumir uma preponderância na aprovação das propostas”, garantindo que os vereadores socialistas estarão “abertos às melhores propostas e às melhores soluções que respondam às necessidades das pessoas e aos desafios do futuro de Ponta Delgada”.
O socialista deixou ainda uma mensagem clara sobre o resultado das últimas eleições, afirmando que “os eleitores de Ponta Delgada deram um cartão amarelo à política que vinha sendo seguida”, considerando que cabe agora ao PS “ter um papel preponderante em tornar essa política mais justa, mais próxima e em promover um concelho com mais futuro para todos”.
“O nosso objectivo é integrar as nossas propostas nas políticas municipais, contribuindo de forma construtiva para melhorar a vida das pessoas e para reforçar a coesão e o desenvolvimento do concelho”, concluiu.
José Pacheco garante que está
aberto ao diálogo
José Pacheco, tomou posse como vereador na Câmara Municipal de Ponta Delgada e garantiu que o CHEGA terá um papel fiscalização da governação da maior autarquia dos Açores.
Após a tomada de posse, o também líder do CHEGA Açores, mostrou-se preocupado com as promessas enumeradas pelo reeleito Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, nomeadamente ao nível da habitação, já que as verbas camarárias são finitas.
“Fico muito preocupado quando oiço anúncios de habitação apenas para o centro de Ponta Delgada. Estamos a desertificar as freguesias de Ponta Delgada e a Câmara Municipal está a dar esse contributo de forma pouco inteligente”, esclareceu José Pacheco.
Para o vereador do CHEGA, a habitação tem de começar nas freguesias mais afastadas do centro urbano, tal como tem sido defendido pelo CHEGA, já que é ali que é necessária a fixação de população.
No entanto, José Pacheco mostra-se céptico quanto à concretização de tantas promessas: “vamos ver se vão concretizar-se. Não acredito porque o dinheiro não estica”, argumentou.
Quanto à governabilidade da maior autarquia dos Açores, José Pacheco garante que está aberto ao diálogo, mas confessa que não está disponível para validar teimosias políticas.
