Passado um mês desde a saída da anterior Diretora Regional da Cultura, continua sem existir qualquer informação pública sobre a nomeação de uma nova liderança para a DRAC.
Em comunicado, o MOVA – Movimento pela Arte e Cultura nos Açores considera esta situação “inaceitável e um sinal evidente do desnorte da tutela relativamente ao setor cultural”.
Esta ausência prolongada de decisão e a falta total de comunicação, prossegue o MOVA, “revela fragilidade política, incapacidade de escolha e uma preocupante dificuldade em nomear alguém verdadeiramente capacitado para exercer funções num organismo essencial à política cultural da Região”.
Para o Movimento pela Arte e Cultura nos Açores, “ Enquanto a tutela hesita, quem sofre é o setor cultural açoriano. Sem liderança estável, a DRAC vê comprometido o seu funcionamento, desde a análise de candidaturas ao acompanhamento de projetos já em curso. Para os agentes culturais, isto traduz-se em incerteza, atrasos e a sensação de que a Cultura continua a ser gerida por um poder político desautorizado, frágil e incapaz de assumir responsabilidades estruturais”.
No comunicado o MOVA lembra que esta é já a quarta mudança de liderança na DRAC em quatro anos, “evidenciando um padrão de instabilidade que prejudica de forma direta a coerência e continuidade das políticas públicas de cultura”. Salienta que a DRAC deve ser liderada por alguém com competência, visão estratégica e conhecimento aprofundado do setor, “e não sujeita a jogos internos ou nomeações meramente políticas”.
Em concreto, exige que o Governo Regional esclareça imediatamente o estado do processo de nomeação da nova direção, que medidas que estão a ser tomadas para assegurar o normal funcionamento da DRAC durante esta indefinição e como pretende garantir estabilidade num organismo que tem sido marcado por uma “rotatividade insustentável”.