A taxa de inflação nos Açores baixou em Agosto para 3,2% e pela primeira vez em vários meses está mais baixa do que a taxa de inflação nacional.
Com efeito, depois de nove meses consecutivos de abrandamento, o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirma que a inflação no país subiu para 3,7% em Agosto, mais 0,6 pontos percentuais do que em Julho (ver notícia nacional na página 11).
Segundo revelou ontem o SREA, a taxa de variação média dos últimos doze meses, terminados em agosto, do Índice de Preços no Consumidor, “Total”, desceu nos Açores para 6,05%.
As maiores variações médias positivas verificaram-se nas classes “Produtos alimentares e bebidas alcoólicas” (15,18%), “Restaurantes e hotéis” (14,00%), “Acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação” (6,45%) e “Transportes” (3,18%).
Em sentido contrário, a única classe que apresentou variação média negativa foi a do “Vestuário e calçado” com -0,82%.
A taxa de variação média dos últimos doze meses nacional foi de 6,82%.
Queda para mais de metade
num ano
A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor, “Total” de agosto, situou-se nos 3,22%, diminuindo 0,55 pontos percentuais em relação à taxa divulgada no mês anterior.
A taxa homóloga a nível nacional foi de 3,72%.
A taxa mensal do índice de agosto, “Total”, foi de -0,40%, diminuindo 0,14 pontos percentuais em relação ao mês de anterior.
A classe “Restaurantes e hotéis”, com 2,92%, foi a que mais se realçou no sentido da alta, enquanto no sentido da baixa foi a classe “Vestuário e calçado” com -13,85%.
A taxa mensal a nível nacional foi de 0,32%.
Em Agosto do ano passado a taxa de inflação nos Açores estava nos 6,8%, verificando-se assim uma queda para mais de metade em menos de um ano.
A grande queda fica a dever-se aos preços mais baixos dos produtos energéticos e, por consequência, nos transportes.
Os produtos alimentares e bebidas não alcoólicas também registam uma descida, embora menos acentuada.
Por categorias, a inflação mais elevada nos Açores está nos produtos alimentares não transformados (10,77%), produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (9,57%) e restaurantes e hotéis (7,83%).