Os Açores são a única região do país que no 2º trimestre registou um aumento do licenciamento de edificios para construções novas, revelou ontem o INE.
O crescimento foi da ordem dos 6,3% face ao 2º trimestre do ano passado.
As maiores reduções ocorreram no Algarve (-24,7%) e na Área Metropolitana de Lisboa (-22,0%).
No 2º trimestre de 2023, foram licenciados no país 7,6 mil fogos em construções novas para habitação familiar, -3,0% face ao 2º trimestre de 2022 (+8,8% no 1º trimestre de 2023) e +24,4% comparando com o 2º trimestre de 2019.
Algarve, Alentejo, Centro e Norte apresentaram decréscimos neste indicador (-44,5%, -10,4%, -9,8% e -4,8%, pela mesma ordem), enquanto as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, e a Área Metropolitana de Lisboa registaram aumentos neste indicador (+209,6%, +21,5% e +11,5%, respetivamente).
O crescimento mais acentuado na Região Autónoma da Madeira foi impulsionado principalmente pelo licenciamento de 169 novos fogos em três diferentes empreendimentos no município do Funchal, bem como pelo licenciamento de 40 novos fogos num empreendimento no município de Santa Cruz.
Estes licenciamentos representam, no seu conjunto, 59,2% do total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar nesta região.
O decréscimo ocorrido no Algarve pode ser explicado pelo efeito base, dado que no 2º trimestre de 2022 se registou um número elevado de fogos licenciados nos municípios de Faro, Loulé e Olhão.
Área total diminui nos Açores
Em Portugal, no 2º trimestre de 2023, a área total licenciada diminuiu 1,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior (+3,3% no 1º trimestre de 2023).
O Algarve, a Região Autónoma dos Açores, o Centro e a Área Metropolitana de Lisboa apresentaram variações negativas na área total (-45,8%, -24,9%, -10,3% e -0,7%, pela mesma ordem). A redução mais significativa, que ocorreu no Algarve, deveu-se principalmente à redução do número de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar.
Açores crescem
nas obras concluidas
No 2º trimestre de 2023, estima-se que tenham sido concluídos 3,8 mil edifícios em Portugal, incluindo construções novas, ampliações, alterações e reconstruções, representando uma redução de 2,1% em relação ao 2º trimestre de 2022 (-6,1% no 1º trimestre de 2023) e um aumento de 9,9% em relação ao 2º trimestre de 2019. A maioria dos edifícios concluídos correspondiam a construções novas (82,1%), das quais 80,5% para habitação familiar.
As Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, o Centro e o Algarve apresentaram um crescimento no número de edifícios concluídos (+16,7%, +4,3%, +3,3% e +3,2%, respetivamente).
Entre as regiões que apresentaram decréscimos nesta variável, salientam-se o Alentejo (-6,4%) e o Norte (-5,8%).
Em comparação com o 2º trimestre de 2022, as obras concluídas em construções novas decresceram 2,5%, apesar de terem aumentado 2,2% em relação ao trimestre anterior.
O Algarve, Norte, Alentejo e Área Metropolitana de Lisboa registaram diminuições no número de construções novas concluídas (-14,5%, -8,1%, -4,2% e -1,4%, pela mesma ordem).
As restantes regiões apresentaram crescimentos neste indicador, destacando-se a Região Autónoma da Madeira (+30,9%), a Região Autónoma dos Açores (+5,7%) e o Centro (+4,2%).
No 2º trimestre de 2023, a área total construída em Portugal aumentou 5,7% em comparação com o 2º trimestre de 2022. As regiões do Alentejo, Área Metropolitana de Lisboa, Norte e Centro apresentaram um aumento neste indicador com variações de +31,1%, +15,7%, +5,6% e +3,2%, respetivamente. Nas restantes regiões verificaram-se diminuições: -35,1% no Algarve, -8,5% na Região Autónoma da Madeira e -0,9% na Região Autónoma dos Açores.