Investigadores descobriram grandes colónias  de corais negros no mar dos Açores
Diário dos Açores

Investigadores descobriram grandes colónias de corais negros no mar dos Açores

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Um grupo de investigadores portugueses esteve durante 12 dias a bordo de um dos navios mais sofisticados do mundo para conhecerem melhor o mar dos Açores e descobriram florestas de corais e espécies ainda por identificar.
Nesta viagem azul em que as cores se vão perdendo para a profundidade há, por exemplo, ovos de tubarão que quase parecem escaravelhos terrestres, ou peixes de olhos esbugalhados, havendo também espaço para encontros com o desconhecido.
“O objetivo da missão era não só explorar zonas desconhecidas do mar fundo dos Açores, mas também utilizar as ferramentas que o navio tinha disponível para recolher amostras biológicas que nos permitissem pôr nomes em espécies que vimos nas imagens, mas que não conhecemos”, explicou à SIC Telmo Morato, investigador do Centro de Investigação Okeanos.
Os 20 investigadores estiveram durante 12 dias a bordo do navio de investigação americano OceanXplorer, dos mais sofisticados do mundo.
Uma das (boas) surpresas foi a descoberta de grandes colónias de corais negros com mais de mil anos de idade, avança ainda a SIC.
Perceber porque é que o monte submarino é tão importante é um dos grande pontos de interrogação à tona de água.  No fundo, o que motiva os animais a fazer migrações de milhares de quilómetros até ao meio do Atlântico.  O cruzamento entre o ambiente e o comportamento destes animais ajudará na resposta.
No monte submarino Dom João de Castro os investigadores sinalizaram uma das maiores e mais densas florestas de gorgónias.
Descobertas que irão ajudar na definação das áreas prioritárias a incluir no alargamento das áreas protegidas marinhas.
Outra das surpresas foi a descoberta de um desfiladeiro desconhecido com cerca de 15 quilómetros de extensão, que contou com a colaboração da Marinha.
Com esta missão, o Okeanos - Instituto de investigação em Ciências do Mar dos Açores - ficou mais perto do objectivo a que se tinha proposto de explorar as 140 montanhas submarinas dos Açores. Já só faltam quatro.
Nos 12 dias de trabalho, foram mapeados quase quatro quilómetros de fundos marinhos, captadas 85 horas de vídeo do mar profundo, recolhidas 232 amostras biológicas, 160 para análise de ADN ambiental e outros parâmetros.

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