Futurismo vai deixar de promover natação com golfinhos
Diário dos Açores

Futurismo vai deixar de promover natação com golfinhos

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A empresa de animação turística Futurismo Azores Adventures acaba de anunciar que deixou de promover a venda de natação com golfinhos.
 No entanto, diz que continuará a honrar os compromissos já assumidos até ao momento desta decisão, até que estejam realizados os que estão já contratualizados para 2023 e 2024.
A Futurismo justifica que “é crucial realizar estudos científicos contínuos para compreender melhor o comportamento, o bem-estar e as respostas fisiológicas dos golfinhos durante essas interações”, para acrescentar que “devemos deixar de lado o barulho e as suposições predefinidas, para que todos – desde os açorianos até o nosso ecossistema – possam realmente beneficiar-se conjuntamente.”
A empresa entende que o seu propósito é criar valor e trazer prosperidade aos Açores e aos açorianos, contribuindo decisivamente para a qualificação e melhoria do turismo, através da ciência, da educação, da cultura e da partilha, visando criar memórias e impactar os viajantes, em perfeito respeito pela Região e pelas suas gentes. Neste sentido, acredita que “esta decisão está alinhada com esse propósito e com a nossa vontade de elevar o turismo nos Açores a um nível mais profundo e significativo, além de meramente económico”.
A Futurismo lembra, na sua nota de imprensa, que durante anos, promoveu a natação responsável com golfinhos selvagens, com supervisão profissional e estrita conformidade com as normas legais e a certificação pela World Cetacean Alliance.
“A nossa missão foi sempre proporcionar uma experiência que transcende a mera actividade turística, pois acreditamos que a natação com golfinhos pode ser uma experiência transformadora, uma oportunidade de aprofundar a conexão com a biodiversidade e promover a consciencialização sobre a importância da protecção dos animais”, destaca a Futurismo.
Reforça que, alicerçados nos princípios éticos da beneficência e da não maleficência, “acreditamos que o impacto nas mentes e corações das pessoas que participam desse tipo de experiência é mais significativo para a conservação e protecção dos animais do que o impacto nos animais, devidamente monitorizado e avaliado a cada momento, inclusive ditando várias vezes o término da actividade”.
Não obstante, adianta que a natação com golfinhos tem de ser vista como uma atividade que gera legítimas preocupações quanto ao seu impacto nos animais. É um equilíbrio delicado que precisa ser considerado e, apesar de um extenso corpo profissional de biólogos marinhos e skippers experientes, “não temos na nossa posse estudos científicos ou suficiente informação para avaliar os impactos”.
A empresa de animação turística, baseada nos Açores sublinha que, além de ter reduzido o número de experiências de natação com golfinhos, mantive ao longo dos anos informação diversa e esclarecedora aos seus clientes, educando e preparando-os da melhor forma para a experiência, inclusive com uma página dedicada a esta actividade.
Esta forma de estar, refere ainda, visou promover uma abordagem responsável e sustentável na natação com golfinhos, onde a conservação e o turismo regenerativo foram sempre prioritários, mas “continua-se, de forma credível, sem realizar estudos científicos e pesquisas contínuas para avaliar o impacto da natação com golfinhos nos animais e no ecossistema marinho”, para apontar que só esses estudos podem fornecer dados objectivos ​​sobre o comportamento, bem-estar e respostas fisiológicas dos golfinhos durante essas interacções.

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