Educação e Integridade de Ser
Há pessoas que confundem Democracia com laxismo e religião com devassidão. Ser Cristão e Católico exige abertura, mas não permissividade que destrua os Princípios, os Valores e o Caráter. Neste tempo de valores de gelatina, viscosos, é preciso Firmeza na Educação, é preciso integridade de Ser.
Emanuel Oliveira Medeiros
Escrito e publicamente, originariamente, na minha Página no Facebook, no dia 04 de 2023
O Ambiente Global Tóxico
Nós assistimos a um fenómeno preocupante. Falo em termos Globais, no mundo, em geral. Muitas vezes ocupam cargos, em todos os níveis de ensino, pessoas que não gostam de ser professores/as, têm inveja de quem sabe, perseguem e fazem bullyuing, de que tem havido notícias, até já há o “Dia Mundial contra o Bullyuing”. É preciso voltar a ler o livro “Portugal, Hoje. O Medo de Existir”, do Filósofo José Gil, que escreve sobre o “sistema de inveja”, da existência dos “grupos de inveja” e “das condições sociais propícias à eclosão e à proliferação das invejas” (José Gil, 2005, p. 96, Relógio D’Água Editores), com toda a deterioração e mal que daí resulta.
Em todos os lados precisamos de líderes bem formados, de pessoas sérias, idóneas e fiáveis, Lideres Carismáticos que sejam agentes de motivação, que amem a vida, como salienta, e aprofunda, o Filósofo Paulo Freire. Precisamos de Pessoas “Credíveis”, como afirma Bento XVI. Na Educação precisamos que estejam os melhores, com Dedicação, com Vocação e sentido de Missão. Mas quando os medíocres estão nos cargos invejam e procuram perseguir os bons. Na Educação, e em todas as atividades humanas, devem estar os melhores, a exercerem como Profissionais, como Professores/as e não serem forçados a serem meros funcionários/as. Já Gabriel Marcel denunciava que “o Homem (o ser humano) está eixado na ideia de função”, por isso falta a criatividade e o ambiente humano é lesado, com danos que nunca deviam ocorrer. Nas Instituições de Educação e Ensino faltam, em quantidade e qualidade, Professores/as de Referência, Respeitados/as e que se fazem respeitar, mas o clima Global é mau, olhemos o mundo. O ambiente global é tóxico. A burocracia, os regulamentalismos e os normativismos são uma das práticas, à escala Global, que os medíocres e com maldade usam para impedirem os bons professores/as, e demais profissionais, de exercerem à altura da sua Vocação e Missão e de que as Sociedades – seja onde for – muito precisam, seja onde for, falo em abstrato. Os Responsáveis Políticos da Educação, em geral, o que andam a fazer? Quais são as suas funções e missões? Não é por acaso que os governos caiem.
Quem educa a educação?
Aconselho vivamente a Leitura deste artigo da Professora Paula Cabral sugestivamente intitulado “Perguntem aos alunos!”, publicado no Jornal “Diário dos Açores”, p.15, no dia 26 de novembro, deste ano de 2023.
Numa vertigem de tecnologismos, (que é diferente de tecnologia, com ponderação) que fazem retroceder as inteligências, é tempo de voltar aos Manuais Escolares em suporte físico. Este artigo de Opinião mostra como uma Opinião bem fundamentada vale mais, muito mais, do que certas decisões de política educativa que, com modismos, só fazem retroceder a Educação. Relembremo-nos da Jovem Malala há anos baleada pelos talibães. No seu Discurso na ONU advogou: “Um professor, uma caneta e um livro”, a Educação, primeiro, e sempre. Uma Grande Professora de Matemática, durante décadas autora de manuais escolares, (os mais adotados nas escolas) disse um dia numa Ação de Formação: apesar de todas as tecnologias nada chega a um quadro e giz para saber explicar. Os modismos em educação vão fazer gerações de analfabetos, apesar da retórica das literacias, que só são eficazes e eficientes nas mãos de professores/as sábios, independentemente de serem profissionalizados, ou não. Dei aulas, oficiais, pela primeira vez, aos 18 anos de idade e sei que expliquei, com saber e conhecimento, com muita vontade e já na altura com manifesta Vocação e sentido de Missão. Os testemunhos escritos, que guardo, dos alunos são prova de que com 18 anos de Idade dei aulas de elevada qualidade, senti isso já na altura, e o tempo consolida. Só acredito nas teorias de quem tem a auctoritas moral, pedagógica e científica, mas com Valores. Cada vez mais defendo uma Prova de Deontologia Profissional para o exercício da docência, com curso ou sem curso. Em todas as áreas estão a faltar pessoas com Vocação e sentido de Missão, pessoas que se entregam, com gosto, ao exercício da profissão. Claro que depois é fundamental uma qualificação e formação, de nível superior, mas com muita humildade. Ninguém é grande se não for Humilde.
Por que razão muitos, os melhores, professores/as foram para a reforma? Perdiam tempo em burocracias e normativismos, e reuniões e mais reuniões, faltando o tempo para o essencial, ensinar. A tempo escrevi sobre tudo isso, e está publicado. Um dia será tudo compilado, se Deus quiser. No início deste ano de 2023 sei o forte incentivo que recebi (que guardo para mim) de um Professor Catedrático Jubilado, que faleceu, com 93 anos de idade, no dia 5 de julho, passado, um Grande Professor e Filósofo da Educação, de Saudosa Memória. A seu tempo darei a conhecer esse incentivo de tanto Valor.
Já estamos numa fase de alienação nas tecnologias, levando à falta de atenção, à falta de respeito e os professores/as têm de passar o tempo a dizer “Prestem atenção”. Ninguém defende mais a Educação e a Cultura do que eu. Mas as escolas tornaram-se lugares pouco agradáveis para ensinar, aprender e aprender a Ser. Os meninos fazem o que querem porque não há um equilíbrio entre liberdade e autoridade. Mais do que legalismos precisamos de moralidade. Faz bem e recomenda-se. Pergunto, de novo: Quem educa a Educação?
Emanuel Oliveira Medeiros
Escrito e publicado, originariamente, na minha Página no Facebook, no dia 03 de dezembro de 2023
Portugal, ondes estás?
Dia da restauração da independência: realidade ou ficção? ou será fixação?
Portugal, onde estás? Portugal, quem te desgovernou?
Portugal, quem cura as tuas feridas e chagas nos portugueses que te moram?
Portugal, o passado é glória ou dor? luz ou sombra? de que serão feitos os sonhos para o futuro?
Emanuel Oliveira Medeiros
Escrito e publicado, originariamente, na minha Página no Facebook, no dia 01 de dezembro de 2023
Rever o Livro “Portugal, Hoje. O Medo de Existir”
A INVEJA É (In)VISÍVEL E PODE TORNAR-SE MORTÍFERA. EXIGE ESTARMOS MUITO VIGILANTES, MAS SEMPRE NA PRÁTICA DO BEM. O MAL TEM HORROR AO BEM. O BEM ESMAGA A MALDADE.
Escreve o Filósofo José Gil no livro: “Portugal, Hoje. O Medo de Existir”:
“Interessa-nos mostrar dois aspetos do sistema das invejas.: 1. Que a inveja pode adquirir paradoxalmente uma transcendência, ultrapassando a relação dual, e passando a circular em grupo, como uma realidade independente dos elementos do grupo. 2. Que o sistema de não-inscrição convém particularmente bem ao desenvolvimento do sistema das invejas.
Que existem grupos de inveja que funcionam com invejas, no regime da inveja (captura, nivelamento, entropia), na obsessão da inveja – decorre quase automaticamente das condições sociais propícias à eclosão e à proliferação das invejas.”
José Gil, Portugal, Hoje. O Medo de Existir. Lisboa. Relógio D’Água Editores, p. 96.
A INVEJA DESTRÓI OS CORAÇÕES E RELAÇÕES, INSTITUIÇÕES E POVOS, URGE DESENVOLVERMOS FORTES IMUNOLOGIAS. A INVEJA É PIOR DO QUE AS TÉRMITAS. A INVEJA DESTRÓI. AVALIEMOS AS PESSOAS E OS LÍDERES PELA BONDADE DOS SEUS CORAÇÕES. A INTELIGÊNCIA QUE VALE É A INTELIGÊNCIA DOS CORAÇÕES, A INTELIGÊNCIA QUE VALE É A INTELIGÊNCIA DO ESPÍRITO DO BEM.
Emanuel Oliveira Medeiros
Escrito e publicado, originariamente, na minha Página no Facebook, no dia 01 de dezembro de 2023
Emanuel Oliveira Medeiros
Professor Universitário*
*Doutorado e Agregado em Educação e na Especialidade de Filosofia da Educação