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Crescimento sem desenvolvimento

Há já algum tempo que alguns indicadores, como o indicador de actividade económica e o indicador de consumo privado, tornaram-se moda intemporal para o Governo de coligação.É apregoado crescimento há 29 meses, como um grande feito. Entre 2012 e a pandemia, em 2020, verificaram-se 99 meses de crescimento, em período de governação socialista.Acresce que o Indicador de actividade económica agrega actividades muito diversificadas, que vão desde o “Leite entregue nas fábricas” e os “Passageiros Desembarcados Via Aérea” aos “Empréstimos Bancários” e às “Operações nos Caixas Automáticos”, entre outros. Além disso, este indicador deve ser avaliado sob o ponto de vista da sua evolução, em termos de acelerações e desacelerações, e este tem vido a decrescer desde Abril de 2022.Qual a importância individual destes indicadores? Absolutamente nenhuma! Só são importantes se conjugados com desenvolvimento económico, ou seja, se daí resultar melhoria de qualidade de vida para as pessoas.E, infelizmente, não é o que está a acontecer na nossa Região! Esta governação, sem estratégia e com um só foco, deixou a Região regredir em vários indicadores sociais, como a taxa de risco de pobreza ou exclusão social, a taxa de privação material e social severa, a desigualdade da distribuição de rendimento e a taxa de abandono precoce de educação e formação.Mas o que é verdadeiramente preocupante, não são os indicadores sociais. São as pessoas que esses indicadores representam. São as que lutam diariamente para conseguir adquirir bens essenciais, são as que perderam a esperança e que vivem nas ruas, são as têm adiçõese não encontram ajuda, são as crianças que não estudam e que, por isso, abandonam o projeto de uma vida melhor.Escolas abertas e hospitais a funcionar não são o ponto de chegada, são o ponto de partida! Quem com isso se vangloria, não tem visão e muito menos estratégia de desenvolvimento para a nossa Região.Precisamos retomar o caminho do crescimento conjugado com o desenvolvimento da nossa Região, esbatendo desigualdades e promovendo uma verdadeira coesão económica e social.Precisamos acelerar, pois já vamos muito atrasados. Com este Governo, o que vimos foi o comboio descarrilar.Sara Brum ** Especialista em Políticas Públicas

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