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Peixe do meu quintal: O Fantasma da Ópera Peixe do meu quintal

“Medo de serem acusados de terem sido, afinal, eles próprios os criadores de tal fantasma. Foram todos os partidos que assentam no Parlamento, que formataram o atual partido Chega.”

No palco insular político das promessas para não cumprir, entra o inesperado personagem. Enigmático, astuto e valendo-se, como todos os outros extremistas, da excelsa tolerância oferecida pela Democracia, cobre o meio rosto por uma máscara alva e apelativa.
Todos os outros logo o atacam visceralmente. Primeiro chamam-lhe fascista – muitos sem saberem o significado de tal adjetivo – para depois replicarem na sua completa e constitucional proibição do quadro político português.
Qual é o medo?
Se os partidos da extrema esquerda, obsoletos e completamente antidemocratas, como os partidos comunista e bloco de esquerda, que rejeitam a União Europeia e tudo fazem para destruir – a partir de dentro – o liberalismo ou capitalismo que os sustenta – com deputados sentados em Lisboa, Horta e por esse território lusófono afora, a receberem salários com que todos os “seus operários” nem podem sonhar tê-los, ou em Bruxelas, com regalias financeiras que fariam inveja à mais refinada burguesia de Trás-os-Montes ao Algarve, se estes nunca foram apelidados de fascistas inversos, como na China, Rússia, Coreia do Norte e por aí fora, então porque razão o Chega será um partido fascista?
Mário Soares, Sá Carneiro, Freitas do Amaral, Álvaro Cunhal e outros diriam que… por medo!
Medo da incapacidade que tiveram em fazer evoluir as suas políticas ao nível dos anseios dos povos.
Medo por terem mantido o povo fora das decisões estruturais, que nem eles, eleitos de forma estreita e muito controlada, não souberam implementar.
Medo por verem agora goradas as suas estéreis políticas e estas despoletarem a frustração dos eleitores.
Medo por terem confecionado leis em conluio e se protegerem de uma Justiça que deveria ser verdadeiramente igual para todos, mas que quem rouba uma galinha para comer é preso e quem “desvia centenas de milhões de euros” dos bancos – dinheiro depositado pelo povo que fica à míngua – não vai necessariamente preso, porque entretanto sofreu doença mental que o fez esquecer dos desvios. E porque ainda tem alguns milhões para despender com os melhores advogados do país, da Europa ou outros, para poder safá-lo de qualquer privação de liberdade. Além de que a sua condenação em praça pública, arrastaria muitos rabos-de-palha políticos atrás de si. Muitos dos que o bajularam durante anos a fio.
Medo de serem acusados de terem sido, afinal, eles próprios os criadores de tal fantasma. Foram todos os partidos que assentam no Parlamento, que formataram o atual partido Chega.
Todas as forças políticas do retângulo europeu, da extrema esquerda ao centro ou centro direita, são os responsáveis desta aparição em cima de outra oliveira, chamada Chega.
E agora, diante das navalhas que lhes apontam as sondagens, mal podem dormir. Os pesadelos são terríveis. Este fantasma não devia aparecer nesta ópera. O fantasma seduziu a Democracia e esta caiu em amores para com este monstro esplendoroso que a levará ao Paraíso das Mentiras.
Não deixa de ser a grande ironia que, quando se preparam para comemorar os 50 anos da derrota da ditadura salazarenta, no próximo 25 de abril deste globalmente terrível 2024, esteja diante desses autoproclamados democratas, a ameaça de varrer um bom número de entre eles das arenas políticas, como aviso aos que ficarão.
Afinal, a grande verdade continua sendo:
O Povo é quem mais ordena…

José Soares

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