Edit Template

IL diz que coligação devia esclarecer obras adjudicadas a empresas sob suspeita na Madeira

O candidato da Iniciativa Liberal (IL) às legislativas nos Açores disse que o líder da coligação PSD/CDS-PP/PPM deve “esclarecer o povo” sobre alegadas obras adjudicadas a empresas sob suspeita na Madeira, tendo José Manuel Bolieiro lamentado as insinuações.
Nuno Barata, coordenador da IL nos Açores e candidato às eleições legislativas regionais de Domingo, disse que a sua atitude “não [é] propriamente uma suspeita, é uma preocupação”.
“Nós, quando ouvimos a notícia sobre aquilo que se passou na Madeira, o comunicado do Ministério Público e da Polícia Judiciária remete para investigações que estavam a ser estendidas aos Açores”, disse.
Segundo Nuno Barata, numa “pequena investigação” que a IL fez encontrou “adjudicação massiva de obras, nos últimos três anos, à [empresa] AFAVIAS, na ordem dos 60 milhões de euros, e licenciamentos da Câmara Municipal de Ponta Delgada, quer no tempo do doutor José Manuel Bolieiro [foi líder da autarquia entre 2012-2020], quer no tempo já do doutor Pedro Nascimento Cabral [actual presidente], à [firma] Socicorreia”, situações que deixaram os liberais “desconfortáveis”.
“E é nesse sentido que entendemos que essas situações devem ser classificadas a tempo de os açorianos poderem decidir em consciência o seu voto no próximo dia 4 de Fevereiro”, afirmou.
Para o candidato e líder do IL/Açores, o Ministério Público e a Polícia Judiciária devem “explicações aos açorianos”.
“Da mesma forma que o fizeram na Madeira, deviam tê-lo feito aqui nos Açores. Se há ou não suspeitas, se há ou não investigação em curso e também os intervenientes devem esclarecer o povo açoriano dessa situação”, disse.
Questionado pelos jornalistas em Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel, durante uma ação de campanha, o líder da coligação PSD/CDS-PP/PPM e candidato à reeleição como Presidente do Governo Regional, que lidera desde 2020, José Manuel Bolieiro, repudiou as declarações e “insinuações” de Nuno Barata, “desmentindo e lamentando este tipo de política que, na verdade, não faz falta à democracia, porque vive de insinuações”.
“E também, já agora, quero dizer [que] o mesmo lamento em relação ao doutor Vasco Cordeiro, porque me surpreende, face ao seu carácter, relativamente à insinuação de que eu teria um acordo secreto com o Chega”, acrescentou, salientando que “a política não se faz assim, não dignifica”.
“E eu não vou replicar a não ser com esta expressão. A surpresa, o repúdio, e não me envolvo nessa dialética. E, portanto, fico com o repúdio. E, cada um dá o que tem, na dimensão do que é”, referiu.
Questionado sobre o volume de contratos com a empresa AFAVIAS durante o seu mandato, José Manuel Bolieiro disse não ter ideia.
“Não faço a menor ideia. Eu penso até que foram mais contratos que vinham da anterior governação, na sua larga maioria, mas não faço a menor ideia. E, por outro lado, o que está em causa é a legalidade e a transparência dos procedimentos e não a insinuação”, argumentou, insistindo que este tipo de ambiente não dignifica a democracia. Mas, acrescentou, “fica com quem a faz e as pessoas sabem bem a origem deste tipo de actividade e de debate político”.

Edit Template
Notícias Recentes
Hotel Hilton organiza passagem de ano com programa especial
Fundo de Resolução recebe dividendos da Oitante para suportar perdas de 489 milhões de euros com o BANIF
Hotéis do Grupo Bensaúde propõem passagens de ano com muita animação
Pianista ribeiragrandense Francisco Pinto dá o seu primeiro concerto
Observatório Astronómico de Santana Açores realiza primeiro Espaço Aberto a 3 de Janeiro
Notícia Anterior
Proxima Notícia

Copyright 2023 Diário dos Açores