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Romeiros já estão nas estradas de S. Miguel

Este ano há mais Romeiros nas estradas.
Serão 56 os ranchos, mas a expectativa é a de que se ultrapassem os valores do ano passado e se aproximem mais do período pré-pandemia, isto é, cerca de 2500 romeiros a percorrerem durante uma semana as estradas de São Miguel, tocando o maior número de igrejas possível.
A Romaria quaresmal que decorre desde 17 de Fevereiro até 28 de Março, altura em que se pede aos condutores que tenham maior prudência nas estradas.
Este ano, a organização espera que existam mais famílias a acolher os romeiros e salienta sempre o empenho verificado na “arrumação” dos Romeiros, especialmente no concelho da Povoação onde pernoitam mais de 40 ranchos.
“E precisa uma grande disponibilidade e empenho para dar resposta a todas estas solicitações. Estamos a falar de duas mil pernoitas o que é muita coisa”, referiu João Carlos Leite numa entrevista ao sítio Igreja Açores.
Nove ranchos saíram na madrugada de Sábado. Um deles foi o de são Pedro, em Ponta Delgada.
No Domingo saíram mais dois.

Rancho de S. Pedro
vai maior este ano

“Naquele tempo, Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado na colectoria. Jesus disse-lhe: `Segue-me.´ Levi deixou tudo, levantou-se e segui-O”.
Esta passagem do Evangelho de Lucas foi concretizada pelos romeiros que integram os nove ranchos que iniciaram a sua romaria quaresmal em São Miguel na madrugada de sábado.
Depois dos joelhos no chão e de invocarem comunitariamente as suas primeiras intenções – “por nós e por cada um; pelas nossas famílias que fazem a romaria connosco e por toda a comunidade”- soaram as primeiras Avé-Maria cantadas, do jeito que só os romeiros conseguem, a partir de uma alma escancarada e disponível para o caminho, que os pés e os dedos trilharão até ao próximo Sábado faça chuva, sol ou vento.
“O tempo é acessório. Quem ingressa numa romaria sabe que o tempo o acompanhará e que o caminho é para ser feito. O importante é o que a Romaria significa para nós e para a nossa humanização”, disse Paulo Pacheco, mestre do Rancho de São Pedro de Ponta Delgada, um dos ranchos que iniciou a romaria no primeiro Sábado da Quaresma.
“Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão”, prossegue o evangelho de Lucas proclamado pelo padre Francisco Rodrigues, que integra o grupo, na missa de envio dos Romeiros.

Adolescente de 14 anos
integra a romaria

“Uma romaria é um caminho interior e uma busca incessante por aquilo que nos conforta a alma e oi coração; é uma espécie de banho de humanidade” antecipava o mestre ainda na Sacristia quando interpelado pelo Sítio Igreja Açores. “Num mundo cada vez mais frio e mecânico, a romaria humaniza-nos e é isso que procuramos passar sempre aos irmãos: o que recebemos no carinho dos que nos recolhem deve ser um estímulo para sermos mais humanos”, acrescentou o mestre Paulo Pacheco que leva consigo mais 43 homens, um deles adolescente de 14 anos, mais dois que no ano passado. “Não é fácil. A romaria não será fácil perdoar; nunca é fácil perdoarmos” explicava, ainda o padre Francisco Rodrigues, na homilia em que pediu “disponibilidade para perdoar a ti próprio, pedir o perdão a Deus e perdoar os irmãos e todos aqueles que cometeram alguma falha”. “O perdão é o principio da salvação”, disse ainda o sacerdote.

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